Eduardo Paes será julgado pelo STF por crimes nas Olimpíadas do Rio
Ex-prefeito do Rio de Janeiro é suspeito de facilitar contratos com a Odebrecht para obras dos Jogos de 2016
atualizado
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O ex-prefeito do Rio de janeiro Eduardo Paes será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi feito pelo próprio Paes e aceito pela Primeira Turma, nesta terça-feira (19/9), por considerar que o caso tem ligação com o deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ). Eles são citados na acusação como destinatários de valores da Odebrecht por facilitar a assinatura de contratos relativos às Olimpíadas de 2016.
O processo havia sido desmembrado pelo relator do caso, ministro Marco Aurélio, por considerar que o único com foro privilegiado seria Pedro Paulo, por estar exercendo o mandato. O argumento também foi acolhido pelo Ministério Público Federal (MPF), que considerou que as provas do caso devem ser produzidas juntas, para evitar prejuízo ao processo.O homem-forte do Departamento de Propinas da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior declarou em delação premiada perante a Procuradoria-Geral da República (PGR) que o grupo repassou mais de R$ 15 milhões ao ex-prefeito Eduardo Paes. Apelidado, supostamente, de “Nervosinho”, o pagamento de propina a Paes ocorreu, segundo o delator, “ante seu interesse na facilitação de contratos relativos às Olimpíadas de 2016”. O ex-prefeito teria solicitado a verba em 2012.
“Dessa quantia, R$ 11 milhões foram repassados no Brasil e outros R$ 5 milhões por meio de contas no exterior. O colaborador apresenta documentos que, em tese, corroboram com essas informações prestadas, havendo, em seus relatos, menção a Leonel Brizola Neto e Cristiane Brasil como possíveis destinatários dos valores”, relata o ministro Edson Fachin, em decisão de 4 de abril que mandou investigar Eduardo Paes. (Com informações do STF)