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Eduardo Cunha depõe na Lava Jato nesta terça-feira (7/2), em Curitiba

Deputado cassado e ex-presidente da Câmara não exercerá direito de ficar calado. Defesa dele afirma que não há acordo de delação premiada

atualizado

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Eduardo Cunha
1 de 1 Eduardo Cunha - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) será interrogado pelo juiz Sérgio Moro nesta terça-feira (7/2), em Curitiba, no processo em que é réu na Operação Lava Jato. Esta será o primeiro depoimento dele à Justiça desde que foi preso, em 19 de outubro.

Cunha é acusado de recebimento de propina no valor de R$ 5 milhões em um contrato para compra de um campo de petróleo, pela Petrobras, no Benin (África), e de lavagem de dinheiro em contas na Suíça. As informações são da Rádio Nacional.

A defesa de Cunha informa que o réu responderá às perguntas de Moro, apesar de ter direito a permanecer calado. Segundo o advogado do deputado cassado, Marlus Arns, seu cliente não vai firmar acordo de delação. “Não há nenhuma sinalização relativa a colaboração premiada. Não se tratou dessa questão entre cliente e advogado ou entre cliente e Ministério Público”, comentou o advogado à rádio.

Eduardo Cunha cumpre pena em prisão preventiva — sem tempo determinado —, na capital paranaense, desde 18 de outubro. O Ministério Público Federal (MPF) justifica que há evidências de que o ex-presidente da Câmara tenha contas no exterior ainda escondidas dos investigadores da Lava Jato, o que comprometeria o andamento da operação.

Os procuradores alegam também que Cunha tem nacionalidade italiana. Isso facilitaria uma possível fuga do Brasil. Ele permaneceu na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, mas foi transferido em dezembro para o Complexo Médico-Penal, na região metropolitana da cidade.

O processo contra Cunha foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele, no entanto, perdeu foro privilegiado após a cassação do mandato. A ação, então, foi encaminhada a Sérgio Moro.

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