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Dodge pede ao Supremo prioridade no julgamento do caso Battisti

PGR quer preferência na análise da Corte sobre a situação do italiano condenado em seu país à prisão perpétua pela morte de quatro homens

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A procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que priorize o julgamento sobre a situação do ex-ativista italiano Cesare Battisti. Não há previsão de quando o caso será julgado pela Suprema Corte. O pedido de Raquel Dodge foi enviado ao STF na última terça-feira (30/10).

Em outubro do ano passado, o relator do caso, ministro Luiz Fux, barrou em medida liminar uma “eventual extradição” do italiano Cesare Battisti até o julgamento definitivo da questão. O italiano já afirmou que uma eventual extradição equivale a uma pena de morte.

Durante a campanha eleitoral, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que, se fosse eleito, iria extraditar imediatamente Battisti, asilado no Brasil desde 2010, após condenação à prisão perpétua na Itália pela participação em atentado que resultou na morte de quatro homens nos anos 1970.

Em entrevista à TV Bandeirantes exibida nesta segunda-feira (5/11), Bolsonaro disse que confirmou à diplomacia italiana que devolverá Battisti àquele país, mas ressaltou que a decisão dependerá do STF. Procurado pela reportagem, o gabinete de Fux não se manifestou até a publicação deste texto.

Discussão
Dentro do STF, ministros acreditam que a discussão deveria ser feita pelos 11 integrantes da Corte no plenário do tribunal, e não na Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros. A Primeira Turma do STF é formada por Fux, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Marco Aurélio Mello e o presidente do colegiado, ministro Alexandre de Moraes. Barroso, que já atuou na defesa de Battisti antes de ingressar à Corte, não deverá participar do novo julgamento do italiano.

Em junho de 2011, o STF decidiu que o italiano Cesare Battisti deveria ser solto. A maioria dos ministros também entendeu que a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de negar a extradição de Battisti foi um “ato de soberania nacional”. A permanência de Battisti no País foi garantida após decisão no apagar das luzes do governo Lula, no final de 2010.

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