Desembargadores mandam Adriana Ancelmo de volta para a prisão
Advogada, ela é acusada de envolvimento do esquema milionário de propinas atribuído ao marido, o ex-governador fluminense Sérgio Cabral
atualizado
Compartilhar notícia
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) mandou nesta quarta-feira (26/4) a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo de volta para a penitenciária de Bangu (RJ). Mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que está preso desde novembro, ela cumpre prisão domiciliar por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Advogada, Adriana é acusada de envolvimento do esquema milionário de propinas atribuído a Sérgio Cabral.
O recurso foi aceito no início da tarde. Posteriormente, os desembargadores iniciaram debate sobre o mérito da volta de Adriana à cadeia. A ordem para o retorno da ex-primeira dama do Rio foi decretada por volta das 15h05.A procuradora Silvana Batini, representante do Ministério Público, alegou que a mulher de Cabral deveria perder a prerrogativa da prisão domiciliar pelo risco de destruir provas e ocultar patrimônio obtido ilegalmente, por meio de esquemas de corrupção comandados por seu marido. O ex-governador fluminense está preso em Bangu (RJ) desde novembro do ano passado.
A procuradora salientou que as medidas preventivas determinadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, para que Adriana regressasse a sua casa — como a proibição do uso de telefones e de acessar a internet — são ingênuas e inócuas.
Operação Calicute
Investigada na Operação Calicute, Adriana foi denunciada por corrupção e lavagem de dinheiro na organização criminosa liderada pelo marido. A ex-primeira-dama cumpre prisão domiciliar concedida pela 7ª Vara Federal Criminal, sob a alegação de que tem filhos menores de 12 anos.