Desembargador do Rio expede mandados para prender Queiroz e a esposa
A defesa do ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça para tentar reverter decisão
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro emitiu oficialmente, nesta sexta-feira (14/8), os mandados de prisão preventiva para Fabrício Queiroz e sua mulher, Márcia Oliveira de Aguiar, em cumprimento à ordem do ministro Felix Fischer do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os despachos são do desembargador Milton Fernandes, relator do processo no Órgão Especial do TJ do Rio. Com isso, Queiroz e Márcia podem ser presos ainda nesta sexta – ou no final de semana – por agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Também nesta sexta, a defesa do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar reverter a decisão do ministro Felix Fischer.
Em despacho ontem, o ministro apontou que o casal já supostamente articulava e trabalhava “arduamente” para impedir a produção de provas ou até mesmo a destruição e adulteração delas nas no inquérito das “rachadinhas” – que apura suspeitas de desvio de salários de funcionários de Flávio Bolsonaro, ex-chefe de Queiroz, durante seus mandatos como deputado na Assembleia Legislativa do Rio.
Na avaliação de Fischer, as manobras de Queiroz e Márcia para impedir a localização pela polícia “saltam aos olhos”.
Ao revogar a prisão domiciliar do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz , Fischer levou em consideração duas questões: a ausência de comprovação do estado de saúde debilitado do ex-PM e inexistência de debate sobre o assunto desde a origem – no caso no Tribunal de Justiça do Rio, que expediu o mandado de prisão contra o suposto operador financeiro de esquema de “rachadinha” instalado no gabinete do senador Flávio Bolsonaro à época em que era deputado estadual no Rio.
Com relação, à mulher de Queiroz, Márcia de Oliveira de Aguiar – que chegou a ficar dias foragida e só se entregou após ser beneficiada com a domiciliar -, Fischer ponderou que não há alegações de “nenhuma patologia que a coloque em grupo de risco”. (Com Agência Estado)