metropoles.com

Desembargador decide não expedir alvará de soltura para Marcelo Crivella

Prefeito afastado do Rio de Janeiro foi preso nessa terça-feira após ser denunciado pelo Ministério Público

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
QG da propina crivella rio de janeiro prisão
1 de 1 QG da propina crivella rio de janeiro prisão - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O desembargador plantonista do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Joaquim Domingos de Almeida Neto, decidiu não expedir o alvará de soltura do prefeito afastado do Rio de Janeiro (RJ), Marcelo Crivella (Republicanos), preso nessa terça-feira (22/12) acusado de chefiar um suposto esquema de corrupção na gestão municipal, chamado “QG da Propina”.

Nesta manhã, Neto recebeu a ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para determinar a prisão domiciliar de Crivella, mas emitiu despacho e disse que não caberia a ele tomar as providências. Dessa maneira, o desembargador devolveu o caso para a relatora, a desembargadora Rosa Helena Macedo.

“Conforme amplamente noticiado na mídia, a cultíssima relatora original optou por realizar pessoalmente a audiência de custódia, mantendo despacho no feito originário mesmo em recesso, em admirável preservação do princípio do juiz natural”, escreveu o desembargador plantonista do tribunal fluminense.

“Conforme determinação expressa do ministro presidente do STJ em sua decisão (comunique-se com urgência à desembargadora relatora, Rosa Helena Penna Macedo Guita, e ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Claudio de Mello Tavares, solicitando-se lhes informações, que deverão ser prestadas preferencialmente por meio de malote digital e com senha de acesso para consulta ao processo), encaminhe-se o expediente a S. Excelência, a relatora, que decidirá com sua habitual diligência. Por enquanto, nada a prover em sede de plantão”, prosseguiu.

radF2638 by Tácio Lorran on Scribd

Os advogados de Crivella estão no complexo penitenciário desde a manhã desta terça-feira, mas não há previsão para que ele saia. Procurada, a defesa, formada pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Alberto Sampaio Júnior, disse que espera a ordem do presidente do STJ ser cumprida imediatamente e que estuda acionar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em razão da demora em cumprir a decisão.

Entenda

Em liminar deferida nessa terça-feira (22/12), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, substituiu a prisão preventiva de Crivella pela prisão em regime domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.

Além disso, o prefeito afastado está proibido de manter contato com terceiros; terá que entregar seus telefones, computadores e tablets às autoridades; está proibido de sair de casa sem autorização e de usar telefones. Ele mora na Barra da Tijuca.

As medidas cautelares são válidas até que o ministro Antonio Saldanha Palheiro, relator do habeas corpus impetrado pela defesa de Crivella, analise o mérito do pedido — o que deverá ocorrer somente após o fim das férias forenses.

A organização criminosa comandada pelo prefeito teria lucrado pelo menos R$ 53 milhões no esquema de lavagem de dinheiro, afirmou nessa terça-feira o subprocurador-geral Ricardo Ribeiro Martins, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). “Apesar de toda a situação de penúria [da prefeitura], que não tem dinheiro nem para o pagamento do 13º [salário], muitos pagamentos eram feitos em razão por conta da propina”, disse.

Além do prefeito, outras seis pessoas — entre as quais o empresário Rafael Alves, apontado como o “gerente” do esquema — foram alvo de mandados de prisão. Também há um mandado de prisão preventiva expedido contra o ex-senador Eduardo Lopes, mas ele não foi encontrado.

De acordo com o MPRJ, o esquema de propina na Prefeitura do Rio de Janeiro não “se esgotaria” com o fim do mandato de Crivella, no próximo dia 31. As supostas tratativas tiveram início ainda durante a campanha eleitoral, em 2016, e miravam as futuras contratações do governo.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?