metropoles.com

Deputados do PT entram com notícia-crime no STF contra Braga Netto

Ministro da Defesa teria mandado recado, segundo jornal, ao presidente da Câmara condicionando eleições de 2022 ao voto impresso e auditável

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/ Câmara dos Deputados
Deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP)
1 de 1 Deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) - Foto: Divulgação/ Câmara dos Deputados

Deputados federais do PT entraram com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto. A ação foi protocolada na noite dessa quinta-feira (22/7).

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o general teria mandado, no último dia 8 de julho, um recado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de que não haverá eleições em 2022 se não houver voto impresso e auditável.

O recado teria sido dado por meio de um interlocutor ao presidente da Câmara. Ao dar o aviso, porém, Braga Netto estaria acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Na notícia-crime, os deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Bohn Gass (PT-RS), lider do partido na Câmara, assinalam que o episódio se trata de uma “ameaça grave à independência dos Poderes Legislativo e Judiciário, especialmente do Tribunal Superior Eleitoral [TSE]”.

3 imagens
Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e presidente Jair Bolsonaro
Ministro da Defesa, Walter Braga Netto
1 de 3

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 3

Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e presidente Jair Bolsonaro

Igo Estrela/Metrópoles
3 de 3

Ministro da Defesa, Walter Braga Netto

Hugo Barreto/Metrópoles

“São condutas que atentam contra a ordem institucional e democrática, na medida em que objetivaram subjugar a independência e a liberdade de funcionamento de Poderes da República e de seus integrantes”, prosseguem.

Ao citar a Lei de Segurança Nacional (7.170/1983), criada durante a ditadura militar no país, os parlamentares petistas pedem a abertura de procedimento investigatório contra o ministro da Defesa do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Repercussão

Na manhã dessa quinta-feira (22/7), o ministro da Defesa assegurou, em evento, que não se comunica com presidentes de outros Poderes por meio de interlocutores e garantiu que as Forças Armadas sempre irão atuar dentro dos limites da Constituição.

“Acredito que todo cidadão deseja maior transparência e legitimidade no processo de escolha de seus representantes. A discussão sobre o voto eletrônico e auditável, por meio de comprovante impresso, é legítima e está sendo analisada pelo Congresso”, completou, ao ler a íntegra de uma nota que foi publicada no site do Ministério da Defesa.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, também negou, inicialmente, que teria recebido o recado do ministro da Defesa. Mais tarde, porém, Lira foi às redes sociais e não negou diretamente a reportagem. Ele se concentrou em garantir que a eleição do próximo ano vai ocorrer.

Ao colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o presidente da Câmara disse que tuitou “o que importa”. Lira argumentou que “todos entenderam” a publicação dele no Twitter, cujo objetivo seria assegurar a realização do pleito de 2022. Para o presidente da Câmara, mesmo sem a negativa expressa, a postagem não dá margem para se confirmar o episódio noticiado.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?