Deltan defende “um PGR testado e aprovado em sua história e planos”
Procurador prega respeito à lista tríplice para escolha do chefe da instituição, tradição ignorada pelo presidente Jair Bolsonaro
atualizado
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O coordenador da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, afirmou que a força-tarefa defende o respeito à lista tríplice para escolha do procurador-geral da República, pois ela seria uma forma de garantir um chefe “testado e aprovado” para a instituição.
“A força-tarefa Lava Jato no Paraná sempre defendeu a lista tríplice, por favorecer a escolha de um PGR testado e aprovado em sua história e seus planos, assim como a independência do Ministério Público”, escreveu o procurador da República em seu Twitter.
Deltan faz coro à Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), que emitiu nota na noite dessa quinta-feira (05/09/2019) na qual se posiciona contrária à decisão de Jair Bolsonaro de nomear Augusto Aras como o futuro procurador-geral da República.
Segundo a entidade dos procuradores, a “ação interrompe um costume constitucional de quase duas décadas, seguido pelos outros 29 Ministérios Públicos do país”. “A escolha significa, para o Ministério Público Federal (MPF), um retrocesso institucional e democrático”. A ANPR convocou os procuradores para um protesto em reação à nomeação.
Augusto Aras não constava da lista tríplice escolhida pela categoria para substituir Raquel Dodge, cujo mandato termina mo dia 17 de setembro. “Nós nos unimos à ANPR no debate pelo melhor para o País e para a causa anticorrupção”, disse o coordenador da Lava Jato no Twitter.
A força-tarefa Lava Jato no PR sempre defendeu a lista tríplice, por favorecer a escolha de um PGR testado e aprovado em sua história e seus planos, assim como a independência do Ministério Público. Nós nos unimos à ANPR no debate pelo melhor para o país e a causa anticorrupção.
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) September 5, 2019
O procurador Roberson Pozzobon, outro integrante da força tarefa em Curitiba, defendeu a independência do procurador-geral e do Ministério Público.
“É o mínimo existencial de uma instituição que – sejamos realistas – quando bem exerce seus deveres constitucionais, acaba vez ou outra incomodando muitos poderosos”, escreveu em sua conta no Twitter. Ele foi compartilhado por Deltan Dallagnol.