metropoles.com

Delatores da J&F prestam depoimento ao STF sobre acordo com MPF

Entre os ouvidos estão os irmãos Joesley e Wesley Batista e os executivos Ricardo Saud e Francisco de Assis

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Joesley Batista
1 de 1 Joesley Batista - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Quatro delatores do grupo J&F prestam depoimento nesta terça-feira (18/12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre supostas irregularidades no acordo de colaboração premiada firmado com o Ministério Público Federal (MPF).

A rescisão dos acordos de colaboração premiada dos empresários e irmãos Joesley e Wesley Batista e dos executivos Francisco de Assis e Ricardo Saud foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao plenário do Supremo dar a palavra final sobre o tema, mas ainda não há previsão de quando isso vai ocorrer.

Nesta terça, os quatro delatores foram pessoalmente ao STF para prestar depoimentos sobre a apuração aberta para analisar supostas irregularidades nos acordos de colaboração premiada. A apuração já se encontra na reta final.

Depois dos depoimentos, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, deverá pedir alegações finais das partes e elaborar um relatório para ser analisado pelo plenário da Corte.

Francisco foi o primeiro delator a ser ouvido pelos juízes auxiliares do ministro Edson Fachin no período da manhã. O depoimento do delator, fechado à imprensa, durou cerca de três horas.

O segundo delator a prestar depoimento foi Joesley Batista – até a publicação deste texto, a oitiva de Joesley ainda não havia sido concluída. A expectativa é a de que haja uma pausa para o almoço e os depoimentos de Saud e Wesley Batista ocorram durante todo o período da tarde.

Omissão
Em 14 de setembro de 2017, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que decidiu rescindir os acordos de colaboração premiada firmados pelo empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud com o Ministério Público Federal.

Na ocasião em que Janot ainda chefiava a PGR, o ex-procurador apontou que os Joesley e Saud agiram de má fé ao omitirem suposto fato criminoso envolvendo o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e a atuação do ex-procurador da República Marcello Miller no acordo.

Em fevereiro deste ano, foi a vez da sucessora de Janot, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, rescindir os acordos de Wesley Batista e do executivo Francisco de Assis e Silva.

Caberá ao plenário do Supremo homologar ou não a rescisão dos acordos e decidir sobre os benefícios concedidos aos delatores.

Leniência
Em decisão assinada na última segunda-feira (17/12), Fachin observou que uma eventual rescisão do acordo de colaboração premiada dos quatro delatores do grupo empresarial J&F não invalida automaticamente o acordo de leniência firmado entre a empresa e o Ministério Público Federal. O acordo de leniência prevê o pagamento de uma multa de R$ 10,3 bilhões.

Firmado em junho de 2017, o acordo de leniência entre a J&F e o Ministério Público Federal (MPF) foi homologado em setembro daquele ano pela Justiça Federal de Brasília. O acordo prevê o pagamento de R$ 10,3 bilhões por parte do grupo como multa e ressarcimento mínimo pelos crimes cometidos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?