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Delatores da Andrade Gutierrez depõem na Justiça Federal no Rio

É a primeira vez que os executivos da Andrade depõem para um juiz desde que decidiram colaborar com a Justiça e revelaram, dentre outros, o pagamento de dívidas da campanha de Dilma em 2010

atualizado

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SÉRGIO NEVES/ESTADÃO CONTEÚDO
Otávio Marques de Azevedo
1 de 1 Otávio Marques de Azevedo - Foto: SÉRGIO NEVES/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques Azevedo e o ex-presidente da Andrade Gutierrez Energia Flavio David Barra, que fecharam acordo de delação premiada, serão interrogados pela Justiça Federal no Rio de Janeiro às 13h desta sexta-feira (15/4).

É a primeira vez que os executivos da Andrade depõem para um juiz desde que decidiram colaborar com a Justiça e revelaram, dentre outros, o pagamento de dívidas da campanha de Dilma em 2010. Os executivos vão depor na ação penal em que são acusados de pagar propinas de R$ 4,5 milhões para o ex-presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro, para vencer a licitação das obras da usina de Angra 3, no Rio de Janeiro.

O caso foi revelado com o avanço das investigações da Lava Jato, em julho de 2015, na Justiça Federal no Paraná, mas, por decisão do Supremo Tribunal Federal, foi remetido para a 7ª Vara Criminal Federal no Rio de Janeiro.

Ficará a cargo do juiz Marcelo Costa Bretas interrogar os executivos que em novembro do ano passado, antes da delação premiada, ficaram em silêncio ou não comentaram as acusações contra eles diante do juiz Sérgio Moro em outra ação penal contra a cúpula da empreiteira.

A delação dos executivos foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki na semana passada. A delação foi analisada pelo STF por envolver políticos com foro privilegiado

Nos depoimentos, os executivos relataram que a companhia realizou pagamentos diretos a empresa contratada pela campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010.

Azevedo contou ainda que sua empresa participou de esquemas em outras obras, além da Petrobras, como estádios da Copa do Mundo e obras relacionadas Usina de Belo Monte. Segundo reportagens da revista Veja e da Folha de S.Paulo, os delatores também afirmaram que recursos de propina abasteceram a campanha à reeleição da petista em 2014. Eles teriam entregue planilhas e informações no curso da delação para comprovar as afirmações.

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