Delator de Cunha pede perdão judicial ao STF
As informações prestadas por Fábio Cleto ajudaram na condenação do ex-presidente da Câmara, a 24 anos e dez meses, em regime fechado
atualizado
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A defesa do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fábio Cleto pediu perdão judicial ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em petição encaminhada nessa terça-feira (24/4) à Corte, os advogados afirmam que Cleto delatou o esquema de corrupção em uma diretoria do banco e merece o benefício.
Em um dos depoimentos de delação premiada, Fábio Cleto disse que o ex-presidente afastado da Câmara dos Deputados e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) recebia 80% da propina arrecadada entre empresas interessadas na liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).
Ao STF, a defesa afirmou que a colaboração foi efetiva e ajudou a identificar as participantes da organização criminosa e vai permitir a recuperação de parte dos recursos públicos desviados.
“Nesse cenário, em razão de efetividade do acordo de colaboração do requerente que desmantelou organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública e acarretou na condenação de membros que pertenceram ao alto escalão do governo, de rigor que seja aplicado o perdão judicial.”, argumentou a defesa.
Com base nas informações prestadas por Cleto, Eduardo Cunha foi condenado a 24 anos e dez meses de prisão, em regime fechado.