Delação de operador de Cabral sobre mesada a Pezão está no STJ
O economista Carlos Miranda acusa atual governador carioca de receber pagamento mensal de R$ 150 mil e bônus
atualizado
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ), já recebeu a delação do economista Carlos Miranda – principal operador do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral –, que atribuiu ao atual chefe do Executivo estadual, Luiz Fernando Pezão, “mesada” de R$ 150 mil em propinas. Por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, responsável pela homologação da colaboração de Miranda na Corte máxima do país, três anexos do conteúdo seguiram ao STJ, tribunal competente para julgar o caso. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.
Segundo a reportagem, dois anexos sobre Pezão foram enviados por Toffoli ao gabinete da presidente do STJ, ministra Laurita Vaz. Já o terceiro seguiu para o ministro Félix Fischer, relator da operação O Quinto do Ouro, que em março do ano passado prendeu cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ).Na delação, homologada em 2017, mas só distribuída agora aos tribunais competentes, Carlos Miranda relatou que, durante o governo Cabral (2007-2014), o então vice-governador Luiz Antônio Pezão recebia pagamento mensal de R$ 150 mil, além de dois bônus, cada um no valor de R$ 1 milhão. Além disso, ele teria sido beneficiado com uma obra residencial, paga com dinheiro do esquema de corrupção, orçada em R$ 300 mil.