Delação de ex-presidente da OAS trava após inocentar Lula, diz jornal
De acordo com Léo Pinheiro, a reforma no triplex de Guarujá foi feita para agradar o ex-presidente, não uma contrapartida a algum benefício que a empresa teria recebido anteriormente
atualizado
Compartilhar notícia
Em delação premiada, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro afirmou que as reformas no triplex do Guarujá e no sítio de Atibaia, ambos em São Paulo, foram feitas com o objetivo de agradar ao ex-presidente Lula – não uma contrapartida a algum benefício que a empresa recebeu anteriormente, como acreditam os agente da Operação Lava Jato. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A afirmação, considerada pouco crível pelos procuradores, colocou Pinheiro na berlinda o acordo de delação. Isso ocorre porque os agentes da Lava Jato querem negociar a delação com a OAS ou com a Odebrecht. A ideia é pressionar para que seja feita uma delação de peso.
Pinheiro foi condenado em agosto do ano passado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se não fechar o acordo de delação, ele poderá ser obrigado a voltar para a prisão ainda em neste mês.
O presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto afirmou à Polícia Federal que solicitou a reforma no sítio em 2010, último ano de governo Lula. A reforma do triplex, que custou R$ 1 milhão, de acordo com Pinheiro, seria apenas um agrado. Porém, a família de Lula não se interessado pelo imóvel, deixando o assunto por aí.
Neste momento, os procuradores têm avançado no acordo de delação premiada com a Odebrecht.