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Defesa diz que perícia “ignorou” doença de Maluf e pede explicações

Advogados encaminharam 33 questões ao IML e à Papuda para saber se CDP tem estrutura para atender ao político

atualizado

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Maluf sai do IML
1 de 1 Maluf sai do IML - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A defesa do deputado federal e ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP) protocolou nesta quarta-feira (27/12) um pedido de manifestação de técnicos do Instituto Médico Legal (IML) do Distrito Federal e do Complexo Penitenciário da Papuda sobre as informações elencadas no laudo médico divulgado na terça (26). Segundo a perícia, elaborada no dia 22 de dezembro por médicos do instituto, o estado de saúde do político é grave, mas não requer cuidados fora das instalações penitenciárias.

Maluf está preso em regime fechado na cela 10 da Ala B, no Bloco 5 do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda, na chamada “Ala dos Vulneráveis”. O político foi transferido para Brasília na última sexta (22), após se entregar à Polícia Federal em São Paulo.

A defesa de Maluf alega que os diagnósticos elencados no Laudo nº 52111/17 são “incompletos e insuficientes”. De acordo com os advogados, o documento “ignorou” a doença cardiovascular do parlamentar. “Todavia, esse é justamente o agravo que coloca direta e mais agudamente em risco a vida de Maluf e para a qual se requer estrutura específica de atendimento de urgência”, informou, por meio de nota, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

Na petição, estão elencados 33 novos quesitos a serem enviados para o IML e o CDP. Os questionamentos foram elaborados por Sami El Jundi, médico e perito criminal do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul.

A defesa do parlamentar chegou a solicitar que o profissional examinasse o ex-prefeito na Papuda. O pedido, no entanto, foi negado pelo juiz Bruno Macacari da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

O documento traz demandas de informação sobre a acessibilidade, a estrutura e a equipe médica do CDP. Os advogados indagam sobre a presença de equipamentos como cadeira de rodas, barras de apoio e piso antiderrapante, além da existência de desfibrilador automático externo e médicos.

A equipe de advogados do deputado já havia apresentado 18 quesitos a serem respondidos por um laudo complementar do IML. O resultado do novo exame, contudo, ainda não consta nos autos do processo.

Os advogados do ex-prefeito aguardam a revisão do pedido de prisão domiciliar feito à VEP. Na sexta (22), o juiz Bruno Macacari negou provisoriamente o benefício. Existia a expectativa que o magistrado reavaliasse o pedido de prisão domiciliar na terça (26), o que não ocorreu.

O laudo, enviado ao TJDFT, apontou que Maluf não precisa de cuidados contínuos que não possam ser prestados na Papuda. Os médicos recomendaram, contudo, “acompanhamento ambulatorial especializado”. Não há, até o momento, previsão para a decisão.

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Maluf conquistou o direito a cumprir pena em prisão domiciliar após agravamento de quadro clínico
Por volta das 18h de sexta (22/12/2017), Maluf deixou o IML
Maluf deixou o IML e seguiu para a Papuda
A Justiça do DF negou prisão domiciliar a Maluf por diversas vezes, mas em abril de 2018, o liberou para cumprir pena em casa
Maluf saindo de São Paulo na sexta-feira (22/12/2017)
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Maluf chegou a Brasília na sexta-feira (22/12/2017)

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Maluf conquistou o direito a cumprir pena em prisão domiciliar após agravamento de quadro clínico

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Por volta das 18h de sexta (22/12/2017), Maluf deixou o IML

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Maluf deixou o IML e seguiu para a Papuda

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A Justiça do DF negou prisão domiciliar a Maluf por diversas vezes, mas em abril de 2018, o liberou para cumprir pena em casa

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Maluf saindo de São Paulo na sexta-feira (22/12/2017)

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Maluf foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão por lavagem de dinheiro. Em 19 de dezembro de 2017, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a sentença fosse cumprida imediatamente e em regime fechado. O deputado entregou-se no dia seguinte à Polícia Federal

TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) entregou-se à PF na quarta-feira (20/12/2017)

MARCELO GONCALVES/SIGMAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Condenação
Maluf foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro. O político é acusado de desvios milionários em obras viárias, como o Túnel Ayrton Senna, a Avenida Água Espraiada, em São Paulo, entre 1993 e 1996, período em que foi prefeito da cidade.

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