Defesa de Lula pede que delação da J&F não seja enviada a Moro
Segundo advogados, tramitam em Brasília três ações baseadas na colaboração do grupo e cujos beneficiários seriam ex-presidente ou o PT
atualizado
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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quarta-feira (16/5) ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que trechos das delações de executivos do grupo J&F não sejam remetidas para a 13ª Vara Federal em Curitiba (PR), comandada pelo juiz Sérgio Moro.
Em um dos depoimentos da delação, o empresário Joesley Batista disse que tratou assuntos de interesse da JBS com o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no âmbito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em contrapartida, o PT teria recebido contribuições em contas no exterior, que poderiam ter Lula como beneficiário.Os advogados alegam que os fatos não têm relação com as investigações da Operação Lava Jato e devem ser remetidos para a Justiça Federal em Brasília, onde tramitam outros processos envolvendo as delações do grupo J&F.
“Já se encontram em trâmite, perante a Subseção Judiciária de Brasília, três procedimentos investigatórios oriundos dos termos de colaboração para apurar suposta conta que o Grupo JBS manteria em benefício do Peticionário [Lula] ou do Partido dos Trabalhadores”, argumenta a defesa.