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Defesa de Guaranho pede apreensão do celular de petista assassinado

Avogado Cleverson Leandro Ortega, que defende o policial bolsonarista, também pediu a realização de novas oitivas no processo

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Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de matar tesoureiro petista
1 de 1 Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de matar tesoureiro petista - Foto: Reprodução/Redes sociais

A defesa do policial penal federal Jorge Guaranho (foto em destaque) pediu à 3ª Vara Criminal da Comarca de Foz do Iguaçu (PR) que seja apreendido o celular que pertencia ao ex-tesoureiro do PT Marcelo Arruda.

O advogado Cleverson Leandro Ortega soliticou também a realização de exames, perícias e oitivas, além da disponibilização de novas filmagens.

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A festa tinha como tema o Partido dos Trabalhadores
Ele foi morto por Jorge Guaranho, policial apoiador de Bolsonaro
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Marcelo Arruda foi assassinado durante a festa de aniversário de 50 anos

Arquivo pessoal
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A festa tinha como tema o Partido dos Trabalhadores

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Ele foi morto por Jorge Guaranho, policial apoiador de Bolsonaro

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A petição foi apresentada nessa quarta-feira (24/8). A defesa de Guaranho não questiona o mérito do processo. O policial foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por homicídio duplamente qualificado devido ao assassinato de Arruda, quando comemorava 50 anos em uma festa com a temática do PT, em 9 de julho.

“A defesa utilizará de sua prerrogativa legal e reservará a discussão de mérito para o final da presente ação penal, oportunidade em que restará claramente comprovado que o acusado não praticou homicídio duplamente qualificado, como tenta fazer crer o Ministério Público”, diz trecho da peça.

O advogado diz ainda que o MP “sustenta a acusação em frames específicos das câmeras de segurança sem levar em consideração a cronologia fática do quanto ocorrido, tendo denunciado o acusado de forma absolutamente prematura como corrobora a própria cota de oferecimento da exordial em que são cobrados laudos periciais ainda pendentes de confecção”.

Desde o último dia 13, Guaranho está preso no Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, após o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, voltar atrás e revogar a prisão domiciliar do bolsonarista.

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Ao negar pedido de habeas corpus e manter Guaranho no CMP, o desembargador Xisto Pereira, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), explicou, por sua vez, que o crime causou enorme e concreta repercussão social, até mesmo internacional, fazendo-se necessário o acautelamento da ordem pública.

“A intolerância, motivada por exagerada paixão, não pode ser aceita e deve ser coibida pelo Poder Judiciário, tendo em vista as eleições que se avizinham e o conturbado panorama do atual processo eleitoral, sob pena de consequente sensação de impunidade, que poderá gerar novos conflitos entre pessoas com diferentes preferências político-partidárias”, afirmou o magistrado.

Entenda

O guarda municipal de Foz do Iguaçu Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito pelo PT nas últimas eleições, foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos, na noite de 9 de julho. A festa tinha como tema o partido e fazia várias referências ao ex-presidente e candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.

O evento seguia normalmente quando, por volta das 23h, Jorge Guaranho, que se declara apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi ao local e discutiu com os participantes. Ele levava no carro a esposa e a filha, um bebê de colo.

Em julho, o Ministério Público do Paraná denunciou Guaranho pelo homicídio de Marcelo Arruda. Um dos agravantes apontados pelos promotores foi o “motivo fútil” para o homicídio, “havendo a querela sido desencadeada por preferência política-partidária”. Outra qualificação apontada pelos autores da denúncia foi a possibilidade de a ação “resultar em perigo comum” ou coletivo.

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