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Decreto dos Portos: Barroso prorroga inquérito de Temer por 60 dias

Na mesma decisão, o ministro do Supremo negou pedido da defesa do presidente da República para arquivar a investigação

atualizado

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Carlos Moura/SCO/STF
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1 de 1 barroso - Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro Luís Roberto Barroso prorrogou, nesta segunda-feira (7/5), o inquérito que investiga o presidente da República, Michel Temer (MDB), por supostamente beneficiar empresas do setor portuário ao editar o Decreto dos Portos, assinado em maio de 2017. Na mesma decisão, o magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido da defesa do emedebista para arquivar a investigação. A informação é do jornal Uol.

De acordo com Barroso, é necessário “aguardar-se a conclusão das diligências em curso para que se possa formar opinião sobre a existência material dos delitos investigados”.

Investigação
Em junho do ano passado, o inquérito contra Temer foi aberto por solicitação do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e teve seu ponta-pé autorizado por Barroso – relator do caso – em setembro. A apuração mira os possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva. Entre as beneficiárias estariam as empresas Rodrimar e a holding J&F, esta última controladora da JBS.

O pedido de prorrogação foi solicitado pela Polícia Federal (PF) no último dia 26. Essa foi a segunda intervenção da PF para prolongar o prazo do inquérito. Em 27 de fevereiro, o ministro Barroso já havia concedido o adiamento.

“Perseguição”
De acordo com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, a decisão do ministro do STF – de rejeitar a solicitação dos advogados de defesa do presidente Michel Temer para arquivar as investigações sobre suspeitas de irregularidades acerca do decreto dos Portos – é “perseguição”. As informações são da Agência Estado.

“Espero que não tenha sido esse (fazer o governo sangrar) o objetivo (do STF), apesar de desconfiar disso. Qualquer pedido de prorrogação desse inquérito deveria vir acompanhado do artigo onde a tal empresa foi beneficiada. Não acredito nisso, até porque já li esse decreto. É mais um capítulo dessa perseguição disfarçada de inquérito”, afirmou em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

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