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Pela primeira vez, Cunha será interrogado por Moro nesta terça (7/2)

O deputado cassado e ex-presidente da Câmara está preso desde 19 de outubro por recebimento de propina e lavagem de dinheiro

atualizado

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1 de 1 cassação cunha - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O deputado cassado Eduardo Cunha será interrogado às 15h desta terça-feira (7/2), pela primeira vez, pelo juiz federal Sérgio Moro, no processo em que é réu na Operação Lava Jato. O peemedebista é acusado de receber propina no valor de R$ 5 milhões em contrato para a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar dinheiro.

De acordo com o advogado de Cunha, Marlus Arns de Oliveira, apesar de ter o direito de ficar calado, o deputado cassado falará. “É um interrogatório em que ele não deve permanecer em silêncio. Ele vai responder às questões que serão formuladas. Temos trabalhado cotidianamente o preparo das resposta às acusações que lhe foram imputadas”, comentou o advogado.

O defensor afirma também que não há, por enquanto, previsão de delação premiada. “Não há nenhuma sinalização relativa à colaboração premiada. Não se tratou dessa questão entre cliente e advogados, tampouco se tratou dessa questão com o Ministério Público. Então, não há tratativa referente à colaboração premiada de Eduardo Cunha”, rechaçou.

Prisão
O deputado cassado está preso preventivamente desde 19 de outubro. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a prisão preventiva se justifica porque há evidências de que Cunha tem contas no exterior que ainda não foram identificadas, o que poderia colocar em risco as investigações. Os procuradores também alegam que ele tem dupla nacionalidade — brasileira e italiana —, o que facilitaria uma fuga do país.

Cunha ficou na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, mas em dezembro foi transferido para o Complexo Médico-Penal, na região metropolitana da capital paranaense.

O processo contra ele foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas após a cassação do mandato, ele perdeu o foro privilegiado e a ação foi encaminhada a Sérgio Moro. Depois da prisão, a defesa de Cunha negou que ele tenha praticado qualquer conduta ilegal.

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