Criador do museu Inhotim é condenado por lavagem de dinheiro
Segundo MPF, a Horizontes, empresa criada por Paz, repassou ao menos US$ 95 milhões em doações ao instituto e a outras empresas privadas
atualizado
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A 4ª Vara do Tribunal Regional Federal (TRF-4) em Belo Horizonte condenou o empresário Bernardo Paz, idealizador do Instituto Inhotim, e sua irmã Virgínia a 5 anos e 3 meses, no regime semiaberto, por lavagem de dinheiro. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), entre 2007 e 2008, um fundo chamado Flamingo Investiment Fund, sediado no exterior, repassou US$ 95 milhões para a empresa Horizontes, criada por Bernardo Paz para manter o Inhotim a partir de contribuições de seus outros empreendimentos.
De acordo com o MPF, o dinheiro foi recebido a título de doações e empréstimos para o instituto, mas logo depois foi repassado “para pagamento dos mais variados compromissos de empresas de propriedade de Bernardo de Mello Paz, tendo sido constatados diversos saques em espécie nas contas do grupo, sem que se pudesse identificar o destino final dos valores”.A defesa de Bernardo Paz afirma que a sentença é injusta. “Ele é inocente, por isso recorremos ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região, onde esperamos que a decisão seja revertida, e ele, absolvido”, disse o advogado Marcelo Leonardo.