CPI: diretora da Precisa entra com recurso no STF para manter silêncio
Blindada com habeas corpus, ela se recusou a responder perguntas dos senadores, que pediram a Fux que decida limites da decisão
atualizado
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A defesa da diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta terça-feira (13/7), para que ela possa permanecer em silêncio durante depoimento na CPI da Covid-19.
Emanuela chegou ao Senado blindada por um habeas corpus concedido pelo presidente da Corte, Luiz Fux, no qual afirmou que ela poderia ficar calada em fatos que pudessem incriminá-la. No entanto, ela usou o benefício em todas as perguntas feitas pelos parlamentares.
A atitude fez com que o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), suspendesse a sessão por volta das 12h10. Agora, ele quer que Fux estabeleça os limites do silêncio da depoente.
Em conversa telefônica com integrantes da CPI, Fux afirmou que Emanuela Medrades pode ser presa em flagrante caso continue a se recusar a responder a qualquer pergunta.
No recurso apresentado à Corte, os advogados da diretora da Precisa Medicamentos afirmam que cabe à depoente julgar o que pode incriminá-la ou não.
Ainda segundo a defesa, Emanuela Medrades sofreu violência psicológica durante a sessão após ameaças de prisão por parte de alguns senadores.