Corregedor do MPF diz ter arquivado 4 ações contra procuradores
Osvaldo José Barbosa da Silva não deu detalhes das representações, mas afirmou que as decisões foram tomadas por “imprestabilidade da prova”
atualizado
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Desde o início dos vazamentos de diálogos atribuídos aos integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e ao ex-juiz e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em 9 de junho, a Corregedoria-Geral do Ministério Público Federal (MPF) arquivou quatro pedidos de processo contra procuradores federais, por “imprestabilidade da prova” – alegadamente o material divulgado pelo site The Intercept Brasil careceria de comprovação mínima de veracidade.
As informações são do site Uol.
A informação foi dada pelo corregedor-geral do MPF, Osvaldo José Barbosa da Silva, logo depois de um encontro da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, com os integrantes da força-tarefa, e imediatamente replicada pelo grupo paranaense.
Em nota, o MPF também reproduziu a declaração de Silva, para quem “nunca houve tentativa tão agressiva de minimizar o Ministério Público”.
Nem o corregedor nem o órgão, contudo, deram detalhes sobre as representações que teriam sido arquivadas.
“Apoio institucional”
No início da noite, logo após a reunião de Dodge com os procuradores do Paraná, que durou pouco menos de quatro horas, a assessoria de imprensa da PGR limitou-se a afirmar que o “encontro de trabalho” foi para “demonstrar apoio institucional e administrativo ao combate à corrupção”. Havia a expectativa de uma manifestação formal e explícita da procuradora-geral em relação ao trabalho do grupo. Ao menos em um primeiro momento, isso não ocorreu.
Embora tímido, esse foi, porém, o meio encontrado por Dodge para reafirmar o alinhamento entre a cúpula do MPF e o trabalho desenvolvido pelos procuradores de Curitiba, mesmo em meio à polêmica que atinge inclusive parte do próprio MPF. Participaram da reunião oito procuradores — Deltan Dallagnol, Júlio Noronha, Roberson Pozzobom, Laura Tessler, Antônio Augusto, Isabel Groba, Antônio Carlos Welter e Paulo Roberto Galvão.