“Componente político na morte de Adriano prejudica”, diz advogado
Defensor destacou confiança na Justiça estadual e disse não pensar em federalizar investigações. Miliciano foi morto pela PMBA
atualizado
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O advogado do ex-policial militar Adriano da Nóbrega, Paulo Emílio Catta Petra, afirmou que considera o “componente político” envolvido na morte do miliciano como “prejudicial” ao andamento do processo.
“O componente político não é saudável”, ressaltou o defensor, nesta terça-feira (18/02/2020), em entrevista coletiva.
Paulo não citou diretamente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tem se pronunciado constantemente sobre o assunto.
Questionado diversas vezes sobre as falas do mandatário, o advogado esquivou-se. “Não prejudica, nem atrapalha. O melhor é que esse caso tivesse menos repercussão”, opinou, e destacou que, nas eleições de 2018, não votou em Bolsonaro para presidente.
Adriano da Nóbrega foi morto durante uma operação policial no último domingo (09/02/2020), em Esplanada (BA), onde estava foragido da Justiça.
Acusações apontam que o miliciano foi assassinado e torturado antes de morrer. O corpo da vítima foi encontrado com sete costelas quebradas e uma perfuração no queixo, além das marcas de balas.
Paulo Emílio disse ainda que não pretende, por ora, federalizar as investigações e colocar o caso sob o guarda-chuva do ministro da Justiça, Sergio Moro.
“Minha confiança é nas autoridades estaduais”, destacou o advogado, ao elucidar a necessidade dos ministérios públicos do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Bahia (MPBA) investigaram os elementos.