Com novos documentos, MPGO pede na Justiça tornozeleira de Loures
Provas anexadas ao processo comprovariam que ex-assessor de Temer furou fila para receber equipamento. Ação deve ser julgada semana que vem
atualizado
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O Ministério Público de Goiás (MPGO) entrou novamente com um pedido na Justiça para que a tornozeleira entregue ao ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) seja devolvida. A ação foi protocolada no fim da tarde de quinta-feira (20/7), mas o julgamento deve ficar para o final da próxima semana.
A demora se deve ao fato da possibilidade de segunda-feira (24) ser ponto facultativo em Goiás. Na terça (25), as repartições públicas estarão fechadas por conta do aniversário de fundação da cidade de Goiás (cuja data oficial é quarta, 26). Assim, o Judiciário no estado só voltará a funcionar normalmente na quarta, dia em que o pedido de reconsideração deverá chegar às mãos do juiz responsável pelo caso, Reinaldo Alves Ferreira.
Conforme antecipado pelo Metrópoles, o MPGO conseguiu novos documentos que comprovariam que o ex- assessor do presidente Michel Temer (PMDB-SP) teria de fato furado a fila para conseguir o equipamento e, assim, ir para casa. O promotor responsável pelo caso, Fernando Krebs, está otimista e acredita que, com as novas provas anexadas ao processo, haverá a devolução da tornozeleira. Toda a história começou porque, no último dia 2, o portal também mostrou com exclusividade que o político teria sido beneficiado de forma irregular ao passar na frente de outros presos goianos que aguardavam o equipamento para sair da detenção e passar à prisão domiciliar.
Veja os argumentos da promotoria de Goiás para que Loures devolva a tornozeleira:
Mala da propina
Rodrigo Rocha Loures ficou preso em Brasília entre 3 de junho e 1º de julho. A detenção foi motivada pela gravação feita pela Polícia Federal enquanto ele recebia uma mala com R$ 500 mil, suposta propina paga pelo frigorífico JBS e que teria como destinatário final o presidente Michel Temer.
No dia 30 de junho, Loures conseguiu o direito à prisão domiciliar. A decisão foi do relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin. No entanto, o benefício estava condicionado ao uso da tornozeleira eletrônica. O “homem da mala” também precisa permanecer em casa entre 20h e 6h e não pode sair durante os fins de semana.