CNJ vai apurar auxílio-moradia de Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato
O magistrado recebe verba de R$ 4,3 mil, mesmo possuindo imóvel no Rio de Janeiro
atualizado
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A Corregedoria Nacional de Justiça, ligada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um pedido de providências para identificar se houve irregularidade no recebimento de auxílio-moradia pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, uma das responsáveis por cuidar dos casos da Operação Lava Jato.
Bretas recebe verba de R$ 4,3 mil, mesmo possuindo imóvel no Rio de Janeiro. A esposa do magistrado, também juíza, já recebe o auxílio. Uma resolução do CNJ, de 2014, proíbe o pagamento do benefício a casais que morem sob o mesmo teto.
A decisão foi do ministro João Otávio de Noronha. A medida pode abrir margem para investigação de outros casos, de juízes que recebem o benefício. O ato ocorre após o magistrado do STF Gilmar Mendes ter acionado seis órgãos, entre eles o CNJ, com o objetivo de apurar a situação.Conforme declarou em janeiro, por meio do Twitter, Bretas disse provocar o Judiciário apenas quando tem certeza de que terá o pleito atendido. “Pois é, tenho esse ‘estranho’ hábito. Sempre que penso ter direito a algo, VOU À JUSTIÇA e peço. Talvez devesse ficar chorando num canto ?, ou pegar escondido ou à força. Mas, como tenho medo ? de merecer algum castigo, peço na Justiça o meu direito”, ironizou.