Bunker de R$ 51 milhões: Celso de Mello vota por condenar Geddel
Caso que envolve o ex-ministro, o irmão e malas de dinheiro em apartamento foi novamente adiado. Vai para a 6ª sessão no STF
atualizado
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A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta terça-feira (15/10/2019), o julgamento que envolve o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) e o irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA). Os dois são acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, no caso do “bunker de R$ 51 milhões”. Após o voto de Celso de Mello, a sessão foi adiada para a próxima semana. Foi a quinta sobre o tema.
O ministro Celso de Mello votou pela condenação dos políticos baianos, seguindo integralmente o voto do relator. Na semana passada, o decano começou a apresentar um voto de 218 páginas. Ele deixou a leitura de 79 delas para esta terça.
Para Celso de Mello, “as provas reunidas nos autos demonstram, sem qualquer dúvida, que ambos esconderam, em um apartamento em Salvador, a quantia de R$ 51 milhões, fruto de crimes antecedentes, com o objetivo de, gradualmente, reintroduzi-la na economia com aparência de legalidade”.
Primeiro a votar sobre o caso, o ministro-relator Edson Fachin foi favorável à condenação do ex-ministro e de Lúcio Vieira Lima. Para ele, há provas suficientes de que os dois praticaram crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
“Os réus deram início a um grande ciclo de lavagem de dinheiro, até a localização das importâncias em espécie no apartamento em Salvador”, disse Fachin. Segundo o magistrado, foram encontradas nove malas e sete caixas cheias de dinheiro vivo no imóvel ligado ao ex-ministro.
Geddel está preso, preventivamente, desde setembro de 2017, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. No mês passado, o ministro Edson Fachin negou um pedido de liberdade impetrado pela defesa do ex-ministro, por não ver ilegalidades na detenção.