Celso de Mello sugere que STF apure caso da droga no avião da FAB
“Minha preocupação é que se construam santuários de proteção de criminosos comuns em espaços reservados a autoridades”, declarou o ministro
atualizado
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Durante a sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (26/06/2019), o ministro Celso de Mello questionou aos colegas se não caberia à Suprema Corte controlar a apuração sobre o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que foi apreendido com 39 kg de cocaína.
O comentário foi feito enquanto o colegiado discutia a competência do STF para autorizar busca e apreensão em casas legislativas. “A minha preocupação é que se construam santuários de proteção de criminosos comuns com relação a certos espaços institucionais reservados a determinadas autoridades com prerrogativa de foro”, declarou Celso de Mello.
O ministro indagou se não haveria necessidade de instaurar procedimento de investigação no STF, quando não há qualquer conexão do fato aparentemente delituoso com o presidente da República, mas sim com algum auxiliar, “como, por exemplo, um sargento taifeiro“. O militar preso por tráfico integrava a comitiva de Bolsonaro e voltaria no avião do presidente no trajeto Sevilha–Brasília, segundo o presidente em exercício, Hamilton Mourão.
Entenda
Um militar brasileiro foi preso no aeroporto de Sevilha, na Espanha, flagrado transportando 39 kg de cocaína. O sargento estava em uma aeronave militar da Força Aérea Brasileira (FAB).
A aeronave militar foi para a Espanha com três equipes de tripulação, que trabalhariam na comitiva de Bolsonaro durante a segunda etapa da viagem ao Japão, onde participará de reunião do G-20.