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Para Celso de Mello, STF precisa resistir à “vocação de ditadores”

Em sessão no STF, ministro afirmou que “enquanto houver cidadãos dispostos a submeter ao arbítrio, sempre haverá vocação de ditadores”

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Celso de Mello ditadores STF ameaças
1 de 1 Celso de Mello ditadores STF ameaças - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (16/06) que é “inconcebível” a existência “no íntimo do aparelho de Estado brasileiro” de um “resíduo” de autoritarismo que “insiste em proclamar que poderá desrespeitar, segundo sua própria vontade arbitrária, decisões judiciais”.

“Esse discurso não é um discurso próprio de um estadista comprometido com o respeito, a ordem democrática e que se submete ao império da Constituição e das leis da República”, continuou o magistrado.

A fala de Celso de Mello ocorreu durante a sessão da 2ª Turma da Corte. O ministro elogiou discurso em que a ministra Cármen Lúcia, presidente da Turma, afirmou que a ação de “uns poucos” não instalará “temor ou fraqueza” nos integrantes da magistratura brasileira.

O ministro disse ainda que é “essencial relembrar a cada momento das lições da história, cuja advertência é implacável”.

Citando o ex-ministro do STF Aliomar Baleeiro, Celso de Mello afirmou que “enquanto houver cidadãos dispostos a submeter ao arbítrio, sempre haverá vocação de ditadores”. E defendeu a necessidade de “resistir” usando ferramentas previstas na Constituição.

“É preciso resistir, mas resistir com as armas legítimas da Constituição e das leis do estado brasileiro e reconhecer na intendência da Suprema Corte, como salientava o saudoso ministro Aliomar Baleeiro, a sentinela de liberdades”. “Porque sem juízes independentes jamais haverá cidadãos livres neste país.”

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Ministro Celso de Mello se aposentou no STF em outubro de 2020. Ele estava na Corte desde 1989, quando foi nomeado pelo então presidente José Sarney
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Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília

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Ministro Celso de Mello se aposentou no STF em outubro de 2020. Ele estava na Corte desde 1989, quando foi nomeado pelo então presidente José Sarney

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