Caso Marielle: MPRJ para apuração sobre promotora da camiseta pró-Bolsonaro
Carmen Eliza Carvalho se afastar da investigação sobre morte da vereadora após divulgação de série de manifestações bolsonaristas
atualizado
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O procedimento disciplinar instaurado pela Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que apurava se a promotora Carmen Eliza Carvalho cometera infração ao fazer campanha pela eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência, foi arquivado.
Em nota enviada ao Metrópoles, o MPRJ afirmou que o procedimento foi arquivado “por não ter ficado caracterizada atividade político-partidária” – algo vetado pelas regras do Ministério Público.
Não foi divulgada a íntegra dos autos do procedimento correicional – de acordo com a promotoria: “em razão da garantia constitucional de proteção da imagem e intimidade”.
A divulgação das manifestações pró-Bolsonaro por parte da promotora Carmen Eliza Carvalho, como foto em que ela veste uma camiseta do então candidato a presidente, a levou a se afastar das investigações sobre caso do homicídio da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes.
Relembre
No ano passado, após o MPRJ classificar rapidamente como falso o depoimento de um porteiro do condomínio onde mora o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e que citava o nome do chefe do Executivo federal no âmbito das investigações do caso da execução da vereadora, logo viralizaram imagens de Carmen em campanha para Bolsonaro.
Em suas redes sociais, Carmen aparece com a camiseta do então candidato a presidente e ao lado do deputado estadual pelo Rio Rodrigo Amorim (PSL), que ficou conhecido nacionalmente após quebrar uma placa que homenageava Marielle.
Ela também tinha comemorado a eleição de Bolsonaro e disse que o Brasil “venceu” e se “libertou do cativeiro esquerdopata”. “Patriotismo. Assim que se constrói uma NAÇÃO! União em prol do Brasil! Família, moral, honestidade, vitória do bem!”, afirmou a promotora.
Em novembro, o MPRJ aceitou o afastamento da promotora das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes. A decisão foi tomada após pedido da própria Carmen.