Caso Marielle: motorista desmente vereador Marcello Siciliano
Renatinho Problema declarou à polícia que o miliciano Orlando Curicica se encontrou pelo menos quatro vezes com o parlamentar
atualizado
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Em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital, Renato Nascimento dos Santos, conhecido como Renatinho Problema, declarou que o miliciano Orlando Oliveira Araújo, o Orlando Curicica, se encontrou em pelo menos quatro ocasiões com o vereador Marcello Siciliano (PHS). Tanto Marcello quanto Orlando já haviam declarado em depoimentos que apenas se conheciam de vista. As informações são do jornal O Globo desta quarta-feira (16/1).
O depoimento de Renato traça um novo caminho nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Renato disse à polícia que trabalhava como motorista de Orlando e que frequentemente o levava ao apartamento de Marcello Siciliano e à empresa Martinelli Imóveis.
De acordo com a junta comercial, a empresa citada funciona no mesmo endereço da empresa de propriedade do vereador, La Mia Vita Empreendimentos Imobiliários.
Para a polícia, Renatinho, preso no dia 18 de dezembro do ano passado, não era só o motorista de Orlando. Os dois respondem, juntos, a pelo menos quatro inquéritos sobre assassinatos. Antes de ser capturado por uma equipe da 82ª DP (Maricá), Renatinho tinha dois mandados de prisão preventiva por homicídio e associação criminosa.
Assassinato de sambista
Em um dos inquéritos, Renatinho e Orlando são acusados do assassinato do presidente da escola de samba Parque da Curicica, Wagner Raphael de Souza, o Dádi, em 2015. Segundo investigadores, a vítima não aceitava interferências de uma milícia na agremiação.
Dádi morreu numa emboscada: seu carro foi atingido por 12 tiros. Uma outra pessoa que estava no veículo sobreviveu ao ataque e tem colaborado com a Delegacia de Homicídios.