“Dólares na cueca”: juiz encerra processo contra petista José Guimarães
Assessor do petista foi flagrado, em 2005, com US$ 100,5 mil nas roupas íntimas, além de R$ 209 mil em uma maleta de mão
atualizado
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O juiz federal Danilo Fontenele Sampaio Cunha, da 11ª Vara Federal do Ceará, encerrou, nessa quinta-feira (19/8), o processo que envolvia o deputado federal José Guimarães (PT-CE), no caso que ficou conhecido como “dólares na cueca”.
Em julho de 2005, a Polícia Federal (PF) prendeu, em flagrante delito, José Adalberto Vieira da Silva, um dos assessores do então deputado estadual do Ceará José Guimarães, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, transportando R$ 209 mil em uma maleta de mão e US$ 100,5 mil nas roupas íntimas.
O dinheiro, segundo denúncia do Ministério Público Federal, não tinha comprovação de origem e seria fruto de propina obtida pela facilitação de um contrato de financiamento entre a empresa Sistema de Transmissão Nordeste (STN) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
“Depois de 16 anos, o Estado não conseguiu comprovar nenhuma participação de José Guimarães, que já havia sido inocentado anteriormente em decisão de mérito de ação de improbidade perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Esta decisão vem colocar fim a 16 anos de angústias e injusta condenação pública de alguém que sempre se mostrou inocente”, disse o advogado Marcelo Leal, da defesa do petista.
O juiz declarou extinta a punibilidade também ao assessor José Adalberto, a Kennedy Moura Ramos e a Marcelo Tosto de Oliveira. Roberto Smith, Luiz Ethewaldo de Albuquerque Guimarães e José Petronilho de Freitas, por terem mais de 70 anos, também foram absolvidos.
Leia a íntegra da decisão:
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