metropoles.com

Cármen vota para exclusão do ICMS no PIS/Cofins não ser retroativa

STF analisa a chamada “modulação” sobre decisão tomada em 2017 que excluiu o imposto da base de cálculo. Julgamento segue nesta quinta

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Cerimônia de posse da ministra Cármen Lúcia na Presidência do STF – Brasília – DF 12/09/2016
1 de 1 Cerimônia de posse da ministra Cármen Lúcia na Presidência do STF – Brasília – DF 12/09/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar, nesta quarta-feira (12/5), o recurso que trata da inclusão do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo do PIS e da Cofins – o processo de maior impacto financeiro em tramitação na Corte. Até agora, apenas a relatora, ministra Cármen Lúcia, proferiu o voto.

Caso o tribunal não concorde com os argumentos do recurso, o órgão afirma que o julgamento deve representar prejuízo de R$ 258,3 bilhões aos cofres públicos.

A ministra Cármen Lúcia afirmou que a produção dos efeitos devem ocorrer desde 15 de março de 2017, data de julgamento do recurso no plenário, sem ser retroativa. Após o voto da relatora, o julgamento foi suspenso e será retomado nesta quinta-feira (13/5).

Cármen explicou que o instituto da modulação, em assuntos tributários, parece ser aplicado a casos em que a modificação na orientação jurisprudencial ocorre em desfavor da Fazenda Pública, “como se tem na espécie”. Assim, julgou parcialmente procedentes os embargos da União.

“Tese do século”

Em 2017, o plenário decidiu que o ICMS não integra a base de cálculo das duas contribuições, destinadas ao financiamento da seguridade social. Agora, os ministros precisam julgar os embargos de declaração da Advocacia Geral da União (AGU), que pedem a chamada “modulação”, para que a decisão só tenha efeitos após o julgamento do recurso – que não seja retroativa.

Há ao menos 10 mil processos sobre o tema em curso no Judiciário à espera de uma decisão do Supremo. No começo deste mês, o presidente do STF, Luiz Fux, enviou ofício aos presidentes e vice-presidentes dos Tribunais Regionais Federais (TRFs), solicitando que eles aguardem a resolução da questão antes da remessa de novos recursos semelhantes à Suprema Corte.

Entenda

Como o Supremo não definiu a extensão do resultado do julgamento realizado quatro anos atrás, instâncias inferiores do Judiciário têm dado decisões contrárias à União.

O Fisco pede que o ICMS a ser retirado da base de cálculo do PIS e da Cofins seja o efetivamente pago, e não o destacado em nota fiscal, o que diminuiria o montante do imposto excluído da base das contribuições. Além disso, a União requer a modulação dos efeitos da decisão favorável às empresas, para que ela não tenha efeitos retroativo

Já o setor produtivo alega que se o STF acolher a tese da Fazenda haverá insegurança jurídica, aumento do custo no país e fuga de investimentos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?