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Carlinhos Cachoeira é preso em Goiânia por fraude na Loterj

O contraventor foi encontrado na casa de um irmão em Alphaville Ipê, bairro de Goiânia. Tribunal de Justiça do RJ determinou prisão

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1 de 1 juiz - Foto: José Cruz/ABr

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu nesta quinta-feira (10/5) Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo a mídia local, o contraventor foi encontrado na casa de um irmão, no bairro Alphaville Ipê, em Goiânia (GO).

Na terça-feira (8), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou a prisão do bicheiro por fraudes na estatal Lotérica do Estado do Rio (Loterj). Ainda não foi decidido se Carlinhos Cachoeira cumprirá sua pena na capital carioca ou em Goiás.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro, tomou decisão monocrática na  sexta-feira (4) determinando cumprimento imediato da pena de 6 anos e 8 meses, ao qual Cachoeira foi condenado no caso da Loterj, em 2012, por corrupção e fraude em licitação. Ficou a cargo do TJRJ, juízo natural da causa, expedir o mandado de prisão e a guia de recolhimento de Cachoeira.

Na mesma decisão, Nefi Cordeiro indeferiu a solicitação de execução provisória da pena referente a Waldomiro Diniz da Silva, ex-presidente da Loterj, já que, neste caso, encontra-se pendente o julgamento do agravo em recurso extraordinário interposto pela defesa. Ou seja, ainda não houve trânsito em julgado na segunda instância, para justificar a execução provisória da pena.

O caso
Em 2012, a 29ª Vara Criminal do Rio de Janeiro condenou Cachoeira e Waldomiro a 8 e a 12 anos de prisão, respectivamente, por corrupção e fraude em uma licitação da Loterj. Segundo a denúncia do Ministério Público carioca, Waldomiro Diniz pediu R$ 1,7 milhão ao contraventor como propina – o dinheiro também teria sido usado para abastecer campanha eleitoral de políticos. Em troca, Cachoeira obteve a alteração de um edital de licitação para se favorecer.

No mesmo ano, as relações de Carlinhos Cachoeira com políticos foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no Congresso Nacional. O objetivo era apurar delitos revelados pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, nos quais agentes públicos e privados estariam envolvidos.

Estariam envolvidas no esquema comandado por Cachoeira: o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT); pelo menos cinco deputados federais – Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Sandes Junior (PP-GO), Rubens Otoni (PT-GO), Stepan Nercessian (PPS-RJ) e Jovair Arantes (PTB-GO), além da empresa Delta Construções.

Carlinhos Cachoeira foi preso pela primeira vez em fevereiro de 2012 e solto em dezembro do mesmo ano. Em 2016, voltou à prisão no dia 30 de junho e, em julho, o ministro Nefi Cordeiro determinou a soltura do contraventor. Até ser preso em Goiânia, Cachoeira se encontrava em prisão domiciliar.

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