Bretas: Eike transferiu patrimônio a filhos para fugir de credores
Empresário foi preso na manhã desta quinta-feira (08/08/2019) em decorrência da Operação Lava Jato
atualizado
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Além da prisão temporária de Eike Batista e Luiz Arthur Andrade Correia, conhecido como Zartha, que era contador do empresário, o juiz titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, emitiu mais quatro mandados de busca e apreensão, sendo dois expedidos contra Thor e Olin, filhos do empresário.
A Polícia Federal foi a campo na manhã desta quinta-feira (08/08/2019) para cumprir os mandados. Esta nova fase da Lava Jato, denominada Segredo de Midas, investiga a manipulação do mercado de capitais por parte de Eike e de seu contador. A operação ocorreu no Rio de Janeiro.
A decisão expedida por Bretas afirma que Eike “transferiu parte relevante de seu patrimônio” a seus filhos, Olin e Thor. O empresário é acusado de utilizar empresas fantasmas para manipular o mercado de ativos imobiliários a fim de gerar receitas para o pagamento de propinas ao ex-governador do RJ Sérgio Cabral.
A transferência do patrimônio, segundo Bretas, foi feita “muito provavelmente com a finalidade de se furtar ao cumprimento das obrigações legais junto aos seus credores”. O juiz ainda citou uma “aparente sucessão e/ou confusão patrimonial” envolvendo Eike e seus filhos.
“(…) com a finalidade de garantir efetivamente a reparação dos danos causados pelos crimes cometidos por Eike Batista, e diante de aparente sucessão e/ou confusão patrimonial, é necessário que o bloqueio cautelar de bens e valores atinja o patrimônio dos seus filhos Olin e Thor, tendo em vista que tal patrimônio se constituiu substancialmente por doações e transferências de valores e ativos de seu pai, durante e logo após da prática dos crimes ora investigados”, diz a decisão.
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