Bolsonaro quer indicar Bretas para tribunal superior, dizem assessores
Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito, se reuniu durante duas horas com o juiz da Lava Jato no Rio na semana passada
atualizado
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Interlocutores próximos ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmam que o político pretende indicar o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelas ações em primeira instância relacionadas à Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, para um tribunal superior. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (30/11) pelo jornal O Globo.
No entanto, o peesselista ainda não teria decidido se o magistrado iria para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ambas as possibilidades seriam analisadas pelo presidente eleito.
Segundo a reportagem, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho de Jair Bolsonaro, reuniu-se na semana passada por duas horas com o magistrado. O encontro teria ocorrido no gabinete do juiz, a pedido do próprio Flávio.
“Não tem nada disso, foi apenas um encontro amistoso. Já ouvi essas especulações [sobre as indicações]. Mas, não tratamos sobre o tema”, disse Bretas ao jornal. Oficialmente, segundo assessores, o encontro entre Flávio e Bretas serviu para agradecer o apoio do juiz da Lava Jato “às ideias” de Bolsonaro.
Durante a campanha, o magistrado curtiu algumas publicações do então candidato do PSL nas redes sociais. Ele também parabenizou Bolsonaro logo após sua vitória. “Que Deus o abençoe nessa missão”, escreveu.
“Flávio se colocou à disposição para eventuais sugestões de alterações legislativas”, disse o juiz à reportagem. “Temos um bom relacionamento. Não foi nada demais [o encontro]. Confirmo que foi uma visita de cortesia. Temos vários pontos em comum, como o combate à corrupção”, encerrou.
Indicações de Bolsonaro
O Globo lembra que Bolsonaro poderá indicar ao menos 10 ministros para integrar tribunais superiores brasileiros ao longo do seu mandato. Serão dois para o STF, substituindo o decano da Corte, Celso de Mello, que completa 75 anos em 2020, e o ministro Marco Aurélio Mello, que atingirá a mesma idade, limite para atuar no Supremo, em 2021.