Bolsonaro diz que não vai às ruas acompanhar julgamento por medo
Deputado afirma que teme “sofrer violência” por parte de apoiadores de Lula no dia do julgamento do petista
atualizado
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O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que não pretende acompanhar nas ruas o julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (24/1). Ele teme “sofrer violência” de apoiadores do dirigente petista. O parlamentar está em segundo lugar na corrida presidencial, atrás de Lula, conforme pesquisas recentes de intenção de voto.
“Se eu for para a rua, posso sofrer violência por parte de pessoas que não respeitam o direito de se expressar”, afirmou Bolsonaro ao jornal O Estado de S. Paulo. Acrescentou ainda que essas pessoas seriam integrantes de grupos pró-Lula.
O político também disse que não está torcendo contra o ex-presidente, mas que espera que ele não seja absolvido. “Não estou torcendo pela condenação, mas espero que ele seja punido pelo que cometeu. Não tenho dúvidas de que aquele triplex seja dele. Já foram apresentadas muitas provas sobre isso”, declarou Bolsonaro.O deputado iria participar, nesta quarta-feira (24), de uma solenidade de troca de comando na base aérea de Santa Cruz, no horário do julgamento, marcado para começar às 8h30, mas optou por ficar em sua casa, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.
Bolsonaro já havia se manifestado nas redes sociais sobre o julgamento, na semana passada. Em uma postagem publicada no Twitter, no último dia 18, ele escreveu: “Espero que Lula, como chefe dessa organização criminosa, prove do próprio veneno no próximo dia 24”.
“O plano de Lula e o PT, via assalto aos bens públicos, era o Poder absoluto, com o fim da liberdade do povo brasileiro. Espero que Lula, como chefe dessa organização criminosa, prove do próprio veneno no próximo dia 24.”
— Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) 18 de janeiro de 2018
No dia 15, ele publicou um vídeo dizendo que Lula poderia “estar preparando uma saída estratégica, temendo uma condenação via TRF-4”. Comentava informação publicada no Diário Oficial da União de que o ex-presidente “despacharia um assessor para a Etiópia a partir do dia 23 de janeiro”, véspera do julgamento. “Pediria asilo numa possível condenação?”, escreveu o deputado na internet.