Barroso relatará ação contra Bolsonaro por associar vacina à aids
Em live, presidente afirmou que “pessoas totalmente imunizadas estão desenvolvendo” a doença. Parlamentares veem “mentira criminosa”
atualizado
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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado relator da notícia-crime apresentada por parlamentares da oposição pedindo investigação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelas declarações nas quais associa a vacinação contra a Covid-19 à aids.
Em sua live, na última quinta-feira (21/10), o presidente chegou a afirmar que “pessoas totalmente imunizadas estão desenvolvendo aids”.
Na ação, os parlamentares afirmaram que o ato de Bolsonaro é um “absoluto desrespeito para com o país e com as famílias enlutadas” e “coloca sua ideologia autoritária acima das leis do país, mentindo de forma criminosa sobre as vacinas, colocando em risco uma estratégia que vem diminuindo drasticamente o número de mortes no país”.
A fala de Bolsonaro gerou críticas de políticos e de entidades médicas e científicas. As redes sociais Facebook e Instagram derrubaram o vídeo do presidente.
A líder do PSol na Câmara, Talíria Petrone (RJ), disse que a bancada do partido e o deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE) entrariam com a notícia-crime contra Bolsonaro “pela mentira que associa as vacinas contra Covid ao HIV/aids”. “Esse genocida não pode sair impune de um absurdo como esse”, escreveu a deputada.