Barroso prorroga, em 60 dias, inquérito que investiga Temer
A pedido da Polícia Federal, ministro do STF concede mais tempo para apuração de suposto beneficiamento de empresas com Decreto dos Portos
atualizado
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O ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogou, nesta terça-feira (27/2) o inquérito que investiga o presidente da República, Michel Temer, por supostamente beneficiar empresas do setor portuário ao editar o Decreto dos Portos, assinado em maio de 2017. Barroso concordou com pedido a Polícia Federal e concedeu mais 60 dias para a apuração do caso.
Em junho do ano passado, o inquérito contra Temer foi aberto por solicitação do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e teve sua abertura autorizada por Barroso — relator do caso — em setembro. A apuração mira os possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva. Entre as beneficiadas estariam as empresas Rodrimar e também a holding J&F, controladora da JBS.Uma afirmação do diretor-geral da PF, Fernando Segovia, sobre possível arquivamento desse inquérito abriu uma crise na corporação e resultou em pedido de explicações de Segovia ao ministro Barroso. Em entrevista à agência Reuters, o diretor da PF disse que as provas contra o presidente Michel Temer no caso são frágeis e indicou que o inquérito deveria ser arquivado. Na mesma entrevista, Segovia chegou a levantar a possibilidade de investigar o delegado do caso por conta das perguntas enviadas ao presidente.