Bancos encontram menos de R$ 15 mil em contas de Temer
A Justiça havia determinado o bloqueio de até R$ 32,6 milhões das contas bancárias do ex-presidente, preso nessa quinta-feira (09/05)
atualizado
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A Justiça havia determinado um bloqueio de até R$ 32,6 milhões das contas bancárias do ex-presidente Michel Temer (MDB), preso novamente nessa quinta-feira (09/05/2019). Porém, foram encontrados menos de R$ 15 mil nas contas do emebedista. As informações são do blog da jornalista Andréia Sadi.
Este foi o segundo pedido de bloqueio de bens de Temer pela Justiça Federal, feito pelo juiz Marcus Vinicius Reis Bastos. No primeiro, do juiz Marcelo Bretas, em março, a ordem de bloqueio foi de R$ 62 milhões.
Segundo entrevista dada ao blog, a defesa do ex-presidente garantiu que este valor foi encontrado porque não havia mais dinheiro.
“Quando Marcelo Bretas decretou o bloqueio das contas, encontraram um total de 8,2 milhões. O decreto de bloqueio do juiz de Brasília não poderia mesmo encontrar aquela importância, que já estava indisponível, inclusive para novas ordens de bloqueios”, diz a defesa.
Entenda
Por 2 votos a 1, o TRF-2 determinou nessa quarta-feira (08/05/2019) a volta do ex-presidente Michel Temer (MDB) e do coronel João Baptista Lima Filho, amigo pessoal do emedebista, à cadeia.
A 1ª Turma Especializada do tribunal, formada pelos desembargadores Abel Gomes, Paulo Espírito Santo e Ivan Athié, decidiu também pela manutenção do habeas corpus concedido ao ex-ministro Moreira Franco (MDB) e a mais cinco acusados.
Eduardo Canelós, advogado de defesa de Temer, disse que considera a decisão uma injustiça sem fundamento: “Não há risco à ordem pública. Embora respeitando, considero uma injustiça. Submeter o ex-presidente a uma prisão injusta é desnecessário”, declarou.
Canelós afirmou ter apresentado o pedido para que o emedebista “não passasse por uma humilhação adicional” sendo detido pela Polícia Federal. Dessa forma, o defensor pediu que o ex-presidente se apresente espontaneamente. “Nós pedimos e foi deferido que ele tenha a possibilidade de se apresentar”, completou o advogado.
O ex-presidente, o coronel Lima, aliado de Temer, e o ex-ministro Moreira Franco foram presos em março, por causa de inquéritos referentes a desmembramentos da Lava Jato, na operação chamada Descontaminação.
A investigação teve como base as delações do empresário José Antunes Sobrinho, ligado à Engevix, e do operador do MDB Lúcio Funaro. Sobrinho citou acordo sobre “pagamentos indevidos que somam R$ 1,1 milhão, em 2014, solicitados por João Baptista Lima Filho e pelo ministro Moreira Franco, com anuência do então presidente, no contexto do contrato da AF Consult Brasil com a Eletronuclear”.
Nessa quinta-feira (09/05/2019), a defesa entrou com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O documento deve ser votado na próxima terça-feira (13/05/2019).