Audiência do sítio de Atibaia é suspensa por greve dos caminhoneiros
Segundo Sérgio Moro, há depoimentos marcados para segunda (28), pela manhã e à tarde, mas expediente do tribunal foi suspenso neste dia
atualizado
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Em meio à greve dos caminhoneiros, o juiz federal Sérgio Moro suspendeu audiências da ação penal sobre as reformas no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu. O magistrado afirmou: há depoimentos marcados para segunda-feira (28), pela manhã e à tarde, mas a Justiça Federal de Curitiba (PR) cancelou o expediente nesta data devido à greve dos caminhoneiros.
Em despacho, o juiz destacou haver “pauta de reivindicação legítima da respeitável categoria e que deve ser avaliada pelas autoridades competentes”.
“No entanto, o prolongamento excessivo da paralisação e que inclui o questionável bloqueio de rodovias tem gerado sérios problemas para a população em geral, com prejuízos principalmente para o abastecimento de alimentos e de combustíveis nas cidades”, escreveu Moro.Ele ressaltou também que o “deslocamento entre as cidades e mesmo dentro delas tem sido prejudicado, com afetação dos serviços públicos e inclusive de prestação de Justiça”. “Espera-se que prevaleça o bom senso dos envolvidos, com a normalização da situação e antes que ocorram episódios de violência, mas considerando a incerteza em relação aos próximos dias, é o caso de, por prudência, suspender as audiências do dia 28/05/2018 e, oportunamente, redesigná-las”, concluiu.
O caso envolvendo o sítio resultou na terceira ação contra Lula na Lava Jato. Segundo a acusação, Odebrecht, OAS e Schahin, por meio do pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras no sítio em troca de contratos com a Petrobras. O imóvel foi comprado no fim de 2010, quando Lula deixava a Presidência da República, pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna. O ex-presidente nega ter recebido vantagens indevidas das empreiteiras.