metropoles.com

Arquiteta diz que apresentou projeto do sítio de Atibaia a dona Marisa

O caso envolvendo o sítio representa a terceira denúncia contra o ex-presidente Lula no âmbito da Operação Lava Jato

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
reprodução
MARISA-LETICIA_
1 de 1 MARISA-LETICIA_ - Foto: reprodução

A arquiteta Maria Cecília de Castro afirmou, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, nesta sexta-feira (15/6), ter apresentado à ex-primeira-dama Marisa Letícia o projeto para reforma da cozinha do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP). Arrolada como testemunha de defesa de Fernando Bittar, proprietário do imóvel, ela disse que o projeto não foi executado porque Marisa não teria gostado. A arquiteta afirmou ter sido paga por Fernando Bittar pelo projeto.

De acordo com Maria Cecília, o casal Fernando e Lilian Bittar a chamaram em 2013 porque havia “um problema na fossa”, que estaria causando “mau cheiro” no sítio. “Eu fui lá dar uma olhada nisso”, disse a arquiteta. Em seguida, ela teria recebido outra solicitação do casal: “Queriam ampliar a cozinha, fazer uma mais moderna, fechada, dentro da casa. Uma cozinha mais moderna para a sala do jantar. Fiz um estudo para isso, mas o projeto não deu seguimento”.

Para o estudo da cozinha, Maria afirma que Fernando e Lilian queriam “mais pessoas dando palpite” no projeto. “Ele pediu para ter uma reunião com a tia dele, para ela também dar palpite. Quando eu cheguei lá e encontrei com ele, ele ia apresentar e falou: Fernanda, vou te avisar que minha tia é a dona Marisa. Eu falei: ah, não sabia disso”, detalhou a depoente.

“Apresentei [o projeto], ela [Marisa] entendeu o que eu tava falando. Na verdade, ia ficar o projeto não exatamente como ela gostaria porque ia ter um pilar no meio da sala, ia ficar uma coisa meio estranha que ela não gostou muito. E eu falei: para ficar bom, a gente teria que reformar o telhado da casa”, concluiu.

Denúncia contra Lula
O caso envolvendo o sítio representa a terceira denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a acusação, a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin, com o pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras de melhorias na propriedade em troca de contratos com a Petrobras.

A denúncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente, como seu compadre, o advogado Roberto Teixeira.

O imóvel foi comprado no final de 2010, quando Lula deixava a Presidência da República, e está registrado em nome de dois sócios dos filhos do ex-presidente, Fernando Bittar – filho do amigo e ex-prefeito petista de Campinas Jacó Bittar – e Jonas Suassuna. A Lava Jato sustenta que o sítio é de Lula – o petista nega.

Defesa
Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, afirmou: “A testemunha informou que Fernando Bittar pediu e pagou pelo trabalho da arquiteta, deixando evidente, uma vez mais, que ele é o proprietário do sítio, como consta no Cartório de Registro de Imóveis”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?