Aras abre queixa-crime contra professor da USP por calúnia e difamação
Professor Conrado Hübner Mendes usou as redes sociais para criticar Augusto Aras, chamando-o de “Poste Geral da República”
atualizado
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, ajuizou, nesta quinta-feira (20/5), uma queixa-crime contra o professor de direito da Universidade de São Paulo (USP) Conrado Hübner Mendes pelos crimes de calúnia, injúria e difamação.
No texto, divulgado pelo portal Jota, os advogados de Aras alegam que postagens de Mendes nas redes sociais ofenderam a honra do PGR.
“O Poste Geral da República é um grande fiador de tudo que está acontecendo. Sobretudo da neutralização do controle do MS na pandemia”, “Augusto Aras ignora o MPF da Constituição Federal. Age como o PGR da Constituição militar de 1967. Um servo do presidente” e “Augusto Aras é um inovador institucional. O MS comete crimes comuns e de responsabilidade que causam tragédia em Manaus e no resto do país. Tudo bem documentado e televisionado. Aras, em vez de investigar o infrator, manda o infrator investigar a si mesmo” são alguns dos comentários do professor, que também é colunista da Folha de S. Paulo.
Segundo os representantes de Aras, o procurador recebe com “naturalidade” as críticas contra ele por parte do meio jurídico, mas alegam que o professor “não se limita a promover crítica mediante narrativa ou simplesmente formular uma crítica ácida ou com teor altamente negativo, ele imputa ao PGR a prática do crime de prevaricação”.
Além disso, para a defesa do PGR, Mendes comete o crime de injúria ao chamá-lo de “Poste Geral da República”, quando o acusa de ser a “sala da desfaçatez e covardia jurídicas”, entre outras críticas.
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Ação
No último dia 15, Aras apresentou uma representação contra o professor “para apuração de violação ética”, como diz o documento. A ação tem como motivo as críticas à condução da PGR.
O procurador ressalta, na representação, que as críticas do professor “têm regularmente proferido ataques pessoais à honra do representante (Aras), utilizando-se de termos que exorbitam da crítica ácida para flertar com o escárnio e a calúnia”.