Após indulto, doleira Nelma Kodama tira tornozeleira eletrônica
Pena de 15 anos de prisão decretada na Operação Lava Jato foi extinta, graças ao perdão natalino concedido pelo então presidente Temer
atualizado
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A doleira Nelma Kodama teve sua pena de 15 anos de prisão decretada na Operação Lava Jato extinta, graças ao indulto natalino concedido no final de 2017 pelo ex-presidente Michel Temer. Conhecida como a “Dama do Mercado”, ela vai tirar a tornozeleira eletrônica. A decisão foi do juiz federal Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Federal de Curitiba.
“Declaro extinta a punibilidade, ante a concessão do indulto natalino, quanto à pena privativa de liberdade imposta à executada Nelma Mitsue Penasso Kodama”, escreveu o magistrado em sua decisão desta terça-feira (06/08/2019).
“Providencie a Secretaria a desativação da tornozeleira eletrônica no sistema (SAC24), e desde já autorizo a própria executada a remoção do equipamento, responsabilizando-se, no entanto, pelo encaminhamento/entrega a este Juízo Federal, pessoalmente ou por Sedex, no prazo de 5 dias”.
A doleira foi presa no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos/Cumbica, na madrugada de 15 de março de 2014, quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com 200 mil euros escondidos na calcinha.
No mês passado, Nelma Kodama publicou uma foto em seu perfil no Instagram com vestido vermelho, sapato “Chanel” e a tornozeleira eletrônica.
Amada amante
Entre suas emblemáticas aparições, está um depoimento à CPI da Petrobras em 2015, em que cantou trecho de “Amada Amante”, música de Roberto Carlos para explicar como era sua relação com o doleiro Alberto Youssef.
“Sob meu ponto de vista, eu vivi maritalmente com Alberto Youssef do ano de 2000 a 2009. Amante é uma palavra que engloba tudo, né? Amante é esposa, amante é amiga”, disse.
“Tem até uma música do Roberto Carlos: a amada amante, a amada amante. Não é verdade? Quer coisa mais bonita que ser amante? Você ter uma amante que você pode contar com ela, ser amiga dela”, ressaltou, durante o depoimento.