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Após expulsão, Justiça paraguaia autoriza extradição de Marcelo Piloto

Criminoso brasileiro havia sido expulso por ordem do presidente do Paraguai e foi levado para penitenciária no Paraná

atualizado

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Marcelo Piloto
1 de 1 Marcelo Piloto - Foto: Divulgação

Horas depois de sua expulsão do país, na segunda-feira (19/11), por ato do presidente Mario Abdo Benítez, a Justiça do Paraguai concedeu a extradição do narcotraficante brasileiro Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto. Por unanimidade, os três desembargadores do Tribunal de Apelação Penal de Assunção negaram o recurso da defesa e confirmaram a decisão da juíza de Garantias, Alicia Pedrozo, que havia determinado que o preso fosse extraditado a pedido das autoridades brasileiras.

O acórdão convalida o ato de expulsão e evita que a medida tomada por Benítez seja contestada por estar, possivelmente, em desacordo com tratados internacionais. O criminoso tentava de todas as formas permanecer em prisão paraguaia devido às mordomias que vinha conseguindo através do pagamento de propinas a agentes da Polícia Nacional. No último sábado (17/11), ele foi acusado de assassinar a jovem argentina Lidia Meza Burgos, de 18 anos, durante uma “visita íntima”, fato determinante para sua expulsão.

Nesta terça-feira (20), a Corte Suprema de Justiça do Paraguai determinou a abertura de processo administrativo contra um oficial da Justiça que teria causado a demora no processo de extradição de Marcelo Piloto. O diretor de auditoria e gestão, Mario Elizeche, informou que o funcionário atrasou o trâmite de um expediente, causando uma “considerável perda de tempo no processo de extradição”. Conforme o diretor, não se apurou que o ato tenha sido deliberado, havendo a percepção de ter sido um erro involuntário.

Depois de ser entregue à Polícia Federal brasileira, em Foz do Iguaçu, no Paraná, o líder da facção carioca Comando Vermelho foi transferido para a penitenciária federal de Catanduvas, no mesmo Estado. No presídio de segurança máxima, o preso teve a cabeça raspada e ficará isolado durante 20 dias, sem direito a visitas. Ele só terá permissão para audiências com advogados sem contato pessoal e será retirado da cela duas horas por dia para o banho de sol.

De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), esse é um procedimento padrão para presos que ingressam no sistema. A Justiça fixou prazo inicial de 60 dias para a permanência do preso em Catanduvas. Piloto já está condenado a 26 anos de prisão por latrocínio e roubo, mas ainda responderá por outros crimes, inclusive a acusação de assassinato da jovem.

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