Após decisão do STF, goleiro Bruno se entrega à polícia
A liberdade de Bruno, condenado por matar a mãe do seu filho, foi revogada e ele decidiu se apresentar à polícia no fim da tarde desta terça
atualizado
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O goleiro Bruno se entregou à polícia de Minas Gerais, no fim da tarde desta terça-feira (25/4). Por volta das 17h50, o jogador de futebol foi à sede da Polícia Civil assinar um termo de compromisso, garantindo que ele irá se entregar, assim que for emitido o seu mandado de prisão.
Mais cedo a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) revogou, por 3 votos a 1 o habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello ao atleta, do Boa Esporte-MG no fim de fevereiro. Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte da ex-amante Eliza Samudio.
A decisão foi tomada após um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele avaliou, em um parecer enviado ao STF, que Bruno deve ser mantido na cadeia enquanto o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) não julgar seu recurso, que tramita há quatro anos.
Segundo Janot, a demora para o julgamento em definitivo da sentença de Bruno está relacionada a uma estratégia adotada por seus advogados, ao prolongarem o processo com a interposição de diversos recursos.Responsável pela defesa do goleiro, Lúcio Adolfo alega que cumpriu os prazos do processo, atribuindo o atraso ao Ministério Público e à complexidade do caso, que envolve outros seis réus.
Crime
O ex-goleiro de Atlético-MG, Corinthians e Flamengo foi condenado pela Justiça de Minas Gerais em março de 2013 a 22 anos e três meses de reclusão, sendo 17 anos e seis meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
A pena foi ampliada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime e, posteriormente, reduzida pela confissão dele. Bruno ficou preso por menos de sete anos.
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo jamais foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do atleta, de quem foi amante. À época, ele era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.