Antes de votação, Cunha Lima encontra Cármen Lúcia e fala “amenidades”

O presidente em exercício do Senado Federal, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se encontraram, no início da tarde desta terça-feira (10/10), um dia antes da Corte começar a votar se é necessário ou não submeter ao Congresso decisão sobre afastamento de parlamentar. O veredicto do STF afetará diretamente o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que está afastado do mandado depois de parecer da 1ª Turma do STF.

Apesar da data importante, Cunha Lima garantiu que a conversa entre ele e Cármen Lúcia foi pautada pela cordialidade e que a votação quase não foi comentada. “A visita teve o intuito de sinalizar esse ambiente de respeito recíproco. A conversa foi muito mais de amenidades do que em relação ao julgamento de amanhã (11). Apenas ela confirmou que a sessão será a partir das 9h, para tentar concluir ainda nesta quarta”, disse o senador.

A conversa foi amistosa e descontraída em vários momentos

Cunha Lima, sobre encontro com Cármen Lúcia

Ação
A ação a ser apreciada pelo STF foi ajuizada pelo PP, PSC e Solidariedade. As siglas solicitam que o Congresso dê a palavra final sobre a aplicação aos parlamentares das medidas previstas nos artigos do Código Penal de números 312 (que trata de prisão preventiva) e 319 (sobre o recolhimento domiciliar noturno e outras restrições menos graves, como a proibição de manter contato com determinada pessoa ou ir a certos locais).

O entendimento firmado atingirá não apenas Aécio Neves – que está afastado e em recolhimento noturno – como outros parlamentares que venham a ser alvos de medidas judiciais. Acredita-se que o STF dará parecer favorável aos políticos.