André Mendonça vai relatar treta de Eduardo Bolsonaro com os Weintraub
Xingados de filhos da puta, irmãos Arthur e Abraham Weintraub processaram Eduardo Bolsonaro na Suprema Corte
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça foi sorteado relator do processo envolvendo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e os irmãos Abraham e Arthur Weintraub.
Assim como Abraham Weintraub, André Mendonça foi ministro de Estado de Jair Bolsonaro e conviveram juntos por mais de um ano.
Os Weintraub acusam Eduardo Bolsonaro de injúria e difamação em queixa-crime protocolada na Suprema Corte na última terça-feira (10/3). Para eles, o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro abusou da imunidade parlamentar e da liberdade de expressão ao chamar os dois de “filhos da puta” em postagem no Twitter no último dia 22 de abril.
As rusgas entre os Weintraub e os Bolsonaro se arrastam há alguns meses, mas a treta que motivou a reclamação na Justiça começou por causa do perdão concedido por Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado à prisão pelo próprio STF por ameaçar seus ministros e pedir a decretação de medidas ditatoriais no país.
Também no Twitter, o ex-assessor palaciano Arthur Weintraub avaliou que os “precedentes jurídicos” criados pelo indulto poderiam futuramente beneficiar condenados em casos de corrupção ou lavagem de dinheiro.
Eduardo Bolsonaro reagiu com veemência: “A gente tá em guerra e o cara me falando em procedente, como se nunca um corrupto tivesse recebido um indulto e agora esse instrumento tenha sido utilizado para seu fim: um inocente. E quem fala são os irmãos que saíram do país para se livrar desta perseguição. São uns filhos de uma puta! Desculpa, mas não há outra palavra”, postou o parlamentar.
Para os irmãos, a conduta de Eduardo deve ser “prontamente coibida pelo Judiciário, uma vez que este os ofendeu com um ataque totalmente desproporcional e, principalmente, não provocado pelos querelantes”.
Os Weintraub alegam, na ação, que “são figuras conhecidas publicamente, possuem reputação ilibada, extensa vida acadêmica, são professores concursados da Universidade Federal de São Paulo, sendo certo que a reputação é um de seus maiores bens”.
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