Ministro da Justiça pede à PF investigação sobre dados vazados de Bolsonaro
Além do presidente, também foram alvo de ataques de hackers os ministros da Educação e da Mulher e o empresário Luciano Hang
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, determinou à Polícia Federal (PF) que investigue o vazamento de dados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A informação foi confirmada no início da tarde desta terça-feira (02/06) pelo próprio titular da pasta, em rede social.
“As investigações devem apurar crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei das Organizações Criminosas”, assinalou André Mendonça.
As investigações devem apurar crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei das Organizações Criminosas.
— André Mendonça (@AmendoncaMJSP) June 2, 2020
O chefe do Executivo teve os dados pessoais, como CPF e endereços, vazados na noite dessa segunda-feira (01/06) por um grupo de hackers chamado Anonymous Brasil.
Também foram alvo da ação os ministros da Educação, Abraham Weintraub, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, além do empresário Luciano Hang, proprietário da Havan e apoiador do atual mandatário do país.
Os dados foram publicados no Pastebin, serviço on-line que permite a colagem de trechos de documentos e códigos para acesso compartilhado.
Pouco mais de uma hora depois, no entanto, as páginas já não estavam mais acessíveis na plataforma.
O Twitter logo agiu e suspendeu a conta derivada do grupo central brasileiro de hackers. Mas a organização prometeu que vai tentar disponibilizar novamente as informações.
Reações ao vazamento
Após os vazamentos de dados do presidente Jair Bolsonaro, internautas tentaram filiá-lo ao Partido dos Trabalhadores (PT), sigla que faz oposição ao atual governo.
A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo PT. A filiação, contudo, não foi finalizada e a Secretaria Nacional de Organização da legenda excluiu o nome de Bolsonaro.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, também foi vítima da ação após publicar exame que fez para Covid-19.
Além de filiarem o general ao PT, o grupo colocou o ministro como sócio do Clube de Regatas Vasco da Gama — mesmo ele sendo flamenguista.
“A tentativa de filiação do general não chegou a ser concluída no sistema on-line do PT. A pessoa registrou as primeiras informações, mas não preencheu todas as etapas do cadastro e filiação”, afirmou o partido.