Alexandre de Moraes autoriza novo inquérito contra Kassab no STF
Executivos da JBS citam propinas de R$ 350 mil ao ministro
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e instaurou, nesta sexta-feira (2/2), novo inquérito contra o titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicação, Gilberto Kassab (PSD). A solicitação foi feita com base nas delações de executivos da J&F, controladora da JBS.
No pedido, a PGR cita que Wesley Batista delatou supostos pagamentos mensais de propina, em torno de R$ 350 mil, em favor de Kassab, através da empresa Yape Consultoria e Debates, supostamente sem nenhuma contrapartida, desde o ano de 2009.
“Vale observar que Wesley Batista menciona possuir os documentos referentes à contratação da empresa Yape Consultoria e Debates Ltda. e respectivos pagamentos”, destaca a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
A PGR ainda pediu para que Wesley e Saud prestem esclarecimentos, para o detalhamento dos fatos narrados “e para que sejam instados a apresentar toda a documentação comprobatória de suas alegações ou indicar os meios de corroboração de suas assertivas”.
Procurada pela reportagem, a assessoria do ministro não respondeu até o fechamento deste texto. Mais cedo, quando questionado sobre o pedido da PGR pela abertura de inquérito, Kassab afirmou por meio de nota que reafirma a “lisura de seus atos, pautados no cumprimento da legislação”, e ressalta “sua confiança na Justiça”.