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10 fatos sobre a ministra Cármen Lúcia, nova presidente do STF

Nesta segunda-feira (12/9), a magistrada assume o comando do Poder Judiciário brasileiro. Também ficará à frente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

atualizado

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STF retoma nesta quinta julgamento sobre rito do impeachment de Dilma – Brasília(DF), 17/12/2015
1 de 1 STF retoma nesta quinta julgamento sobre rito do impeachment de Dilma – Brasília(DF), 17/12/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

1- Nada de “presidenta”
Antes mesmo de assumir  oficialmente a chefia do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia já deu o recado: quer ser chamada de presidente. Durante julgamento recente no STF, o atual titular do cargo, Ricardo Lewandowski, perguntou à ministra como deveria se referir a ela. “Fui estudante e sou amante da língua portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, não é não?”, disse, rindo. O termo presidenta, que segundo professores, também é correto, foi introduzido no ambiente político por Dilma Rousseff, a partir de 2010.

2- Ostentação zero
A nova presidente do STF não é muito chegada aos “privilégios” do poder. É conhecida pela simplicidade e pelo controle de gastos. Por exemplo, costuma dirigir o próprio carro para ir ao trabalho, dispensando o motorista que o cargo de ministra lhe garante. Em 2015, a magistrada fez uma viagem oficial à Belgica e devolveu mais de R$ 10 mil em diárias. Na cerimônia de posse, nesta segunda (12/9), ela pediu que fosse servido apenas café e água aos convidados da cerimônia de posse.

3- Muito trabalho
Além da simplicidade, a ministra também é reconhecida pela dedicação ao trabalho. Ela acorda cedo, por volta de 5h. Logo, começa a avaliar os processos em que atua. Ao assumir a presidência do STF, deixará 3.275 casos em aberto, o menor “déficit” do STF. As ações passarão a Ricardo Lewandowski.

4- Trajetória de sucesso
Até a presidência do Supremo, Cármen Lúcia cumpriu um caminho de destaque. Formou-se em direito na PUC de Minas, em 1977. Cinco anos depois, tornou-se procuradora em Minas Gerais. Foi nomeada procuradora-geral do Estado em 1999, por Itamar Franco. A magistrada chegou ao STF em 2006, após indicação do ex-presidente Lula.

5- Currículo de dar inveja
Concordando ou não com as posições jurídicas da ministra, não se pode questionar a qualidade de seu currículo. O documento, publicado no site do STF, tem 55 páginas. Isso mesmo (nada daquela mirrada folha que a gente entrega por aí). Acha exagero? Acredite, não é. Cármen Lúcia fala francês, italiano, espanhol e alemão. É autora de sete livros e coordenou outros quatro.

6- Defesa das mulheres
Cármen Lúcia é a segunda mulher a presidir o STF e foi a primeira a comandar um processo eleitoral, quando, em 2012, assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante votos e pronunciamentos, a ministra foi clara em sua posição. “Temos uma sociedade machista e há um preconceito enorme contra mulheres. Podem não falar, mas o preconceito passa pelo olhar, pelo gesto, pela brincadeira, pela desmoralização, pela piada”, disse, em discurso no TSE. Em 2012, ela votou pela constitucionalidade da Lei Maria da Penha.

7- Religiosidade
A ministra tem uma religiosidade forte. Católica, possui em casa imagens de santos e de Jesus Cristo — além de um cálice de comunhão. Para o evento de posse, a nova presidente do Supremo convidou diversos padres, que confirmaram presença na cerimônia.

8- Exercício em casa
Cármen Lúcia afirma que “pratica atividades físicas” dentro da própria casa. Ela mora sozinha e também realiza as próprias atividades domésticas. Cármen Lúcia tem 62 anos, é solteira e não tem filhos. Mas é de uma família grande. Apenas os sobrinhos são 18.

9- Amante da MPB

Daniele Venturelli/Getty Images
A nova presidente do STF já declarou em entrevistas que Caetano Veloso é o seu cantor preferido. Sendo assim, não poderia ter nome mais certo para cantar o hino nacional nesta segunda, durante a posse dela. O convite a Caetano foi feito pela própria ministra.

10- Rigor
A nova presidente do STF é conhecida pelo rigor na hora de determinar o cumprimento de penas e decidir sobre a liberdade dos presos. Ao longo dos últimos anos no STF, tomou decisões importantes em temas polêmicos, como se mostrar favorável ao reconhecimento da união afetiva como entidade familiar; votou a favor para que mulheres grávidas de fetos anencefálicos tenham a permissão para interromper a gravidez e está entre os ministros que decidiram pela execução da pena antes do trânsito em julgado da ação.

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