metropoles.com

Justiça revoga prisão de condenados por morte de radialista em Goiás

A Justiça mandou soltar os três condenados que ainda estavam presos; Maurício Sampaio teve a prisão revogada na sexta-feira (11/11)

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução: Opção
Acusados pela morte do jornalista e cronista esportivo Valério Luiz, em Goiânia, Goiás
1 de 1 Acusados pela morte do jornalista e cronista esportivo Valério Luiz, em Goiânia, Goiás - Foto: Reprodução: Opção

Goiânia – A Justiça goiana revogou, nesta quarta-feira (16/11), a prisão de três condenados pela morte do cronista esportivo e radialista Valério Luiz. As decisões foram assinadas pela juíza substituta Alice Teles de Oliveira. Marcus Vinícius Pereira Xavier, Urbano de Carvalho Malta e Ademá Figueiredo Aguiar Filho foram condenados por envolvimento no crime, julgado após 10 anos.

O cartorário e ex-dirigente do Atlético-GO, Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do assassinato, foi condenado a 16 anos de prisão pela morte de Valério Luiz, no entanto, ele foi solto na última sexta-feira (11/11).

5 imagens
Valério Luiz foi assassinado na rua em 2012
Valério Luiz, cronista esportivo morto em Goiás em 2012
Acusados pela morte do jornalista e cronista esportivo Valério Luiz, em Goiânia, Goiás
O ex-presidente do Atlético-GO, Maurício Sampaio
1 de 5

Maurício Sampaio (de camisa branca), ex-presidente do Atlético Goianiense, foi condenado pela morte do radialista Valério Luiz, ocorrida em Goiânia (GO) em 2012

TJGO
2 de 5

Valério Luiz foi assassinado na rua em 2012

Reprodução
3 de 5

Valério Luiz, cronista esportivo morto em Goiás em 2012

Reprodução
4 de 5

Acusados pela morte do jornalista e cronista esportivo Valério Luiz, em Goiânia, Goiás

Reprodução: Opção
5 de 5

O ex-presidente do Atlético-GO, Maurício Sampaio

Reprodução

De acordo com a decisão da magistrada, a revogação foi determinada já que o recolhimento à prisão foi realizado sem a “indicação de elementos idôneos”, que são aqueles que demonstram que a liberdade do réu pode significar um atentado contra a ordem pública. Além disso, a juíza destacou que o “Supremo Tribunal Federal de permitir a execução da pena somente após a confirmação da condenação em segunda instância”. De acordo com a decisão, o processo ainda não encontra-se transitado em julgado. Ou seja, ainda cabe recurso no caso.

Absolvido

O Ministério Público de Goiás (MPGO) solicitou um novo julgamento para o réu absolvido no julgamento do caso da morte do radialista e cronista esportivo Valério Luiz. O sargento reformado da Polícia Militar Djalma Gomes da Silva, acusado de participação no planejamento e execução da vítima, foi absolvido, em júri que terminou na noite dessa quarta-feira (9/11), após três dias de duração.

Djalma era acusado de ser um dos articuladores do assassinato. De acordo com os promotores Renata de Oliveira Marinho e Sousa, José Carlos Miranda Nery Júnior, Maurício Gonçalves de Camargos, Sebastião Marcos Martins, que atuaram na acusação, além do advogado Valério Luiz de Oliveira Filho, que atuou como assistente de acusação, o órgão entrará com recurso junto ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), para recorrer da decisão. Segundo eles, há provas claras da participação de Djalma no crime e sua absolvição mostra uma incoerência dentro do julgamento.

Julgamento

Após ter sido adiado quatro vezes, o julgamento dos acusados da morte de Valério Luiz, aconteceu entre segunda e quarta-feira (de 7 a 9 de novembro), na capital goiana. A defesa de Maurício Sampaio chegou a entrar com um habeas corpus preventivo e com um pedido para tirar o julgamento da capital goiana para o interior do estado de Goiás.

O crime teria sido motivado pelas críticas recorrentes que ele fazia à diretoria do Atlético Goianiense. Maurício Sampaio, que já foi presidente do clube, era vice-presidente à época.

O cartola seguia como dirigente da agremiação pelo menos até a última eleição, ocorrida em setembro deste ano.

Veja como foram definidas as condenações:

  • Maurício Sampaio, apontado como mandante, foi condenado a 16 anos de reclusão;
  • Urbano de Carvalho Malta, acusado de contratar o policial militar Ademá Figueredo para executar o homicídio, foi condenado a 14 anos de reclusão;
  • Ademá Figueredo Aguiar Filho, apontado como autor dos disparos, foi condenado a 16 anos de reclusão;
  • Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria ajudado os demais a planejar o homicídio, foi condenado a 14 anos de reclusão.
  • O réu Djalma Gomes da Silva, que foi acusado de ter ajudado no planejamento do assassinato e também atrapalhado as investigações, foi absolvido.

Réus

Conforme as investigações, Sampaio foi o mandante do crime. Já o funcionário dele, Urbano de Carvalho Malta, teria auxiliado na contratação de outras pessoas para executar o crime. Ele inclusive teria monitorado os últimos passos do radialista e estava morando em uma casa de Sampaio perto da rádio em que a vítima trabalhava.

O açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier, que atualmente mora em Portugal, era acusado de ter emprestado a moto e capacete para o cometimento do crime, além de guardar a arma. Já o policial militar Ademá Figueiredo era acusado de executar o radialista a tiros. Depois, ele fugiu em uma motocicleta. Já o policial Djalma da Silva era acusado de tentar atrapalhar as investigações.

Adiamentos

O primeiro adiamento do júri popular ocorreu em abril de 2019, quando o então juiz Jesseir Coelho de Alcântara alegou falta de estrutura para realização do julgamento. Na época, o magistrado alegou que a precariedade de dormitórios para os jurados, falha no fornecimento de alimentos, falta de cadeiras confortáveis e espaço limitado seriam motivos para o adiamento.

O júri foi remarcado para 2020, mas precisou ser novamente adiado. Desta vez, por causa da pandemia da Covid-19. Já em 2021, o julgamento foi adiado após uma troca repentina de advogados solicitada pelo cartorário Maurício Sampaio.

Em junho deste ano, o julgamento foi novamente adiado depois que um jurado passou mal durante a madrugada e saiu do hotel em que estava isolado, de acordo com o juiz Lourival Machado. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), o mal-estar e a falta de condições para esse jurado participar da sessão foram constatados, já em plenário, por médico da instituição.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?